Grupo Santander prevê redução de postos de trabalho em Portugal e não só

O grupo bancário espanhol Santander revelou hoje que tem a intenção de realizar cortes em postos de trabalho em Espanha, Portugal, Reino Unido e Polónia, como parte do seu plano para poupar mais mil milhões de euros na Europa.

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© Reuters

Lusa
27/10/2020 14:44 ‧ 27/10/2020 por Lusa

Economia

Banco

O presidente executivo (CEO) do Santander, José António Álvarez, insistiu hoje, durante a conferência de imprensa sobre os resultados do banco até finais de setembro, que o alcance deste novo ajustamento está ainda por determinar e que os sindicatos serão os primeiros a tomar conhecimento dele.

O "número dois" do banco assegurou que os cortes nos postos de trabalho serão feitos "sem drama", como no passado, "com acordos e em diálogo com os sindicatos".

A mensagem parece clara para os trabalhadores do banco em Espanha, que esta manhã ficaram surpreendidos com notícias a dar conta de que o Santander estava a planear um despedimento coletivo no país que iria envolver 3.000 empregados.

De acordo com a imprensa espanhola, o Santander está a preparar o primeiro despedimento coletivo num banco espanhol, como resultado da pandemia, tendo informado os sindicatos de que haverá um ajustamento do emprego, por razões económicas, que afetará 3.000 dos 27.261 trabalhadores que tem em Espanha.

O grupo bancário obteve lucros de 3.658 milhões de euros líquidos nos primeiros nove meses do ano, uma diminuição de 40,8% em relação a um ano antes explicada pelas maiores provisões feitas para contrariar o impacto da pandemia de covid-19.

Em Espanha, o Santander registou um "lucro ordinário" de 497 milhões de euros até setembro, 58% menos do que um ano antes, um montante que é três vezes inferior aos 1.545 milhões de euros que obteve no Brasil, que foi, mais um trimestre, o país onde ganhou mais dinheiro.

O Santander avançou que, em Portugal, o "benefício ordinário" caiu 37%, para 243 milhões de euros, devido ao impacto da covid-19 sobre rendimentos e provisões.

A pandemia de covid-19 está a provocar uma redução da atividade económica em todo o mundo, tendo já provocado mais de 1,1 milhões de mortos desde dezembro do ano passado.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (44.896 mortos, mais de 873 mil casos), seguindo-se Itália (37.479 mortos, mais de 542 mil casos), França (35.018 mortos, mais de um 1,1 milhões de casos) e Espanha (35.031 mortos, mais de 1,098 milhões de casos).

 

 

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