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Setor dos ginásios classifica proposta do OE como uma "mão cheia de nada"

A AGAP - Portugal Activo, associação que representa o setor dos ginásios, considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2021 apresentada pelo Governo é "demagógica e insipiente".

Setor dos ginásios classifica proposta do OE como uma "mão cheia de nada"
Notícias ao Minuto

20:30 - 29/10/20 por Lusa

Economia OE2021

O presidente da AGAP - Portugal Activo, José Carlos Reis, diz em comunicado que a possibilidade de os portugueses abaterem em sede de IRS até 15% dos 23% de IVA gasto em clubes de 'fitness' ou ginásios não corresponde ao que o setor solicitou ao executivo e que, na prática, se traduz numa "mão cheia de nada".

"Esta proposta é manifestamente insuficiente para levar mais cidadãos a aderir ao exercício físico, uma vez que representa que cada cidadão possa abater meia dúzia de euros no seu IRS anual. O exercício vale muito mais do que isso e uma medida destas não vai levar ninguém a praticar exercício. O Governo diz que um dos objetivos é que em 2030 Portugal seja um dos países com maiores índices de atividade física e depois tem medidas destas. Não se percebe", lamenta José Carlos Reis, explicando que a associação defende a dedução em IRS das despesas que as famílias têm com exercício físico.

"Isso sim era promotor de mais exercício físico e um sinal de que o exercício é vital para a saúde", frisa José Carlos Reis.

Outra medida que o setor tem ainda esperança que possa entrar no Orçamento do Estado, que vai agora ser negociado em sede de especialidade, é a baixa do IVA de 23%, alegando que está em causa a sobrevivência da atividade.

"Muitos clubes já fecharam, outros podem estar em vias de fechar e esta é uma medida urgente, sob pena de muitas pessoas irem parar ao desemprego", sublinha.

Por outro lado, a AGAP considera que a situação de "extrema dificuldade" vivida no setor decorrente da pandemia de covid-19 merece medidas específicas e pede a criação de linhas de crédito específicas para os clubes de fitness e saúde, com 50% do valor financiado a fundo perdido.

"Tal permitiria que muitos dos clubes que passam por dificuldades financeiras não fechem portas e lancem para o desemprego um número muito significativo dos seus milhares de trabalhadores. Trata-se, assim, de uma medida essencial e estruturante para a sobrevivência deste setor de grande relevância para a saúde dos portugueses", conclui José Carlos Reis.

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