"Teletrabalho obrigatório não vem em nada ajudar a economia", alerta CTP
Francisco Calheiros recordou que o Turismo tem sido dos sectores mais prejudicados pela pandemia.
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Economia CTP
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) advertiu, esta segunda-feira, para o impacto que o teletrabalho obrigatório terá na economia portuguesa.
"O facto de se passar a ter o teletrabalho obrigatório - que não faz distinção entre empresas e que é imposto a todas aquelas em que é possível - não vem em nada ajudar a economia", sublinhou o presidente da confederação, Francisco Calheiros, em declarações aos jornalistas, após ter sido ouvido pelo Presidente da República, no Palácio de Belém.
Recordando que o Turismo tem sido dos sectores mais prejudicados pela pandemia, o responsável referiu que, na audiência com o Chefe de Estado, destacou que "é fundamental que venham medidas de apoio de capitalização das empresas", nos próximos tempos, para enfrentar a crise sanitária e o eventual novo Estado de Emergência.
"Não há empresa que sem apoios aguente 11 ou 12 meses sem, praticamente, atividade nenhuma", argumentou.
Frisando que as medidas de apoio às empresas que o Governo já tomou "foram muito importantes", Francisco Calheiros disse que, contudo, estas "já foram ultrapassadas". "Por isso, são necessárias novas medidas para apoiar as empresas, de forma a que elas possam sobreviver", acrescentou.
É de recordar que a partir de amanhã, de acordo com as medidas aprovadas no passado sábado em Conselho de Ministros, nos 121 concelhos do país considerados de maior risco de contágio, será decretado o teletrabalho obrigatório. Na impossibilidade de teletrabalho, haverá a obrigatoriedade de desfasamento de horários.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe os parceiros sociais entre hoje e quarta-feira, depois de na segunda-feira ter ouvido os nove partidos com assento parlamentar sobre um eventual Estado de Emergência.
De acordo com a Constituição, compete ao Presidente da República declarar o Estado de Emergência, no todo ou em parte do território nacional, mas para isso tem de ouvir o Governo e de ter autorização da Assembleia da República.
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