A ministra disse em conferência de imprensa, no final de uma reunião de concertação social, que, desde o inicio da pandemia, o mês de abril foi aquele em que se iniciaram mais processos de despedimento coletivo, com um total de 140.
Nos meses seguintes o número de processos iniciados foi diminuindo até alcançar "alguma estabilização em setembro", com 63 processos iniciados, referiu Ana Mendes Godinho.
A estabilização manteve-se em outubro com o mesmo número de processos de despedimento coletivo iniciados, um total de 63, que abrangem quase mil trabalhadores.
A agência Lusa tem noticiado alguns casos de despedimentos coletivos que estão em curso, depois de terem usufruído de medidas de apoio ao emprego, como o 'lay off' simplicado.
A ministra do Trabalho lembrou, a propósito, que as medidas de apoio às empresas instituidas pelo Governo desde o inicio da pandemia da covid-19 tinham sempre como condição a manutenção do emprego até dois meses após o fim desses mesmos apoios.
"A verificação [dessas situações] é sempre feita pelas entidades competentes, não há outra forma", disse Ana Mendes Godinho, referindo-se à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
A governante salientou o esforço coletivo que tem sido feito para que sejam mantidos os postos de trabalho, quer por parte dos trabalhadores, que sofreram redução do salário, quer por parte das empresas que se têm esforçado nesse sentido, quer pela aplicação de recursos públicos para apoiar empresas e trabalhadores.
"Estamos permanentemente à procura de formas de apoio ao emprego", disse.
A ministra referiu ainda, a propósito, que os número de desempregados incritos nos centros de emprego desde o inicio da pandemia mostraram alguma estabilização nos últimos meses, depois das subidas verificadas após março e abril.
Em outubro verificou-se uma ligeira descida no número de incritos nos centros de emprego, o que, segundo a ministra, mostra alguma estabilização desse número.