"A ACAP revela-se descontente e contesta a ausência de medidas que visem estimular o setor que, além de bastante descapitalizado, registou, nos últimos 10 meses, quebras superiores a 35%", indicou, em comunicado, a associação.
Para a ACAP, a não implementação do incentivo ao abate de veículos em fim de vida é "apenas uma das lacunas" do orçamento aprovado hoje, que poderá colocar em causa a "viabilidade do setor".
Em conferência de imprensa 'online' a ACAP adiantou que, nos primeiros 10 meses do ano, o setor registou uma quebra de 26% na produção e, no que se refere à descida na emissão de matrículas de ligeiros de passageiros, Portugal está em segundo lugar, entre os países da União Europeia com uma queda de 37%.
À frente de Portugal está apenas a Croácia.
No mesmo sentido, as vendas 'rent a car' foram impactadas com a "crise no setor do turismo e restauração", caindo 50% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2019.
Segundo os dados hoje avançados pelo secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, o setor tem um volume de negócios superior a 33 mil milhões de euros, sendo a indústria responsável por 4,2 mil milhões de euros de valor acrescentado bruto (VAB).
O OE2021 foi hoje aprovado, no parlamento, com os votos a favor do PS, e com a abstenção do PCP, PEV, PAN e das duas deputadas não inscritas.
Votaram contra os deputados do PSD, BE, CDS, Iniciativa Liberal e Chega.