Rendas comerciais poderão ter apoio a fundo perdido, admite Siza Vieira
A indicação foi deixada pelo ministro da Economia, mas o assunto ainda vai ser discutido em sede de Conselho de Ministros.
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Economia Siza Vieira
O Governo está a ponderar providenciar um apoio a fundo perdido às empresas para as ajudar a fazer face às despesas com as rendas comerciais. A indicação foi deixada, esta quinta-feira, pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, salvaguardando, porém, que o assunto ainda vai ser discutido em Conselho de Ministros.
"Tivemos uma suspensão do pagamento das rendas (...) entendemos que essa não é a solução para os próximos tempos. O que as associações nos têm solicitado é que haja uma intervenção que permita às empresas fazer face a esta grande rubrica de encargos que temos. Damos apoio a fundo perdido ao pagamento de salários, pediram também que pudéssemos dar apoio a fundo perdido ao pagamento de rendas", disse Siza Vieira.
O ministro da Economia garantiu que vai falar com os seus colegas do Governo sobre o tema, mas deixou a indicação que "aquilo que para que nos vamos inclinar é para dar um apoio a fundo perdido para que as empresas durante o primeiro semestre do próximo ano possam fazer face às despesas que têm com o arrendamento". Porém, deixou a indicação de que isto ainda terá de ser discutido em sede de Conselho de Ministros.
Pedro Siza Vieira deixou ainda a nota de que já mais de 30 mil empresas se candidataram ao programa Apoiar, uma das medidas anunciadas pelo Governo de apoio à economia. O ministro disse que os apoios começarão a ser pagos "no final da próxima semana, início da outra".
"O programa [Apoiar.pt] tem tido uma adesão significativa: (...) hoje de manhã tinha recebido 30.288 candidaturas", adiantou o ministro, acrescentando que as empresas abrangidas vão receber 298,487 milhões de euros.
Pedro Siza Vieira sublinhou também que dos 750 milhões de euros a fundo perdido para empresas dos setores mais afetados pela pandemia, disponibilizados através do Apoiar.pt, "mais de 100 milhões de euros são para empresas do setor da restauração".
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital falava aos jornalistas no final de uma reunião com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), para ouvir as propostas do setor relativamente às medidas que o Governo poderá adotar no próximo ano para apoiar as empresas, face aos prejuízos causados pela pandemia da Covid-19.
Outra das preocupações transmitida pelas associações ao Governo foi que o Executivo de António Costa pudesse clarificar as medidas de apoio às empresas, para que saibam previamente como é que vão funcionar.
"Aquilo que já tinha tido a oportunidade de dizer era que o Governo tencionava prolongar o lay-off até ao final de setembro do próximo ano, o que as empresas nos pediram foi que pudéssemos clarificar tão cedo quanto possível como é que esses apoios vão funcionar", acrescentou Siza Vieira.
Segundo Pedro Siza Vieira, o Governo está a ponderar alargar a medida de diferimento do pagamento do IVA trimestral também ao regime mensal, que abrange contribuintes com faturação mais elevada.
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