O Governo entregou, esta quinta-feira, à Comissão Europeia uma proposta inicial do plano de reestruturação da TAP onde se prevê que, em 2021, "a TAP venha a necessitar de um apoio de Estado de 970 milhões de euros".
Em nota enviada às redações, os Ministérios das Finanças e das Infraestruturas e Habitação revelam que a proposta do plano de reestruturação "incorpora uma transformação significativa da operação da TAP", sendo que o objetivo é "garantir a viabilidade e sustentabilidade da companhia no médio prazo".
Os gabinetes dos ministros detalham que esta "reestruturação engloba medidas de melhoria da eficiência operacional, um redimensionamento da frota e de redução das despesas com pessoal".
Esta proposta, pode ler-se ainda, será discutida conjuntamente com a Comissão Europeia, "no contexto da crise pandémica que afetou o setor da aviação a nível europeu, com o Governo a apresentar a sua visão sobre o futuro da companhia aérea nacional".
Numa carta a que a Lusa teve acesso, o Conselho de Administração informou hoje que os trabalhadores da TAP terão reduções salariais de 25%, no âmbito do plano de reestruturação, ficando isentas de corte as remunerações base até 900 euros.
"Todos sabem da necessidade de adequar os salários à realidade atual, o que implica reduções salariais de 25%", lê-se na carta.
Recorde-se que o prazo para a entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, condição dada por Bruxelas para aprovar o auxílio estatal à companhia aérea, terminava hoje.
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