Insolvências sobem 2,2% e constituições recuam quase 25% até novembro

As insolvências aumentaram 2,2%, até ao final de novembro, face a igual período do ano passado, e a criação de novas empresas desceu 24,6%, segundo dados da Iberinform, filial da Crédito y Caución, hoje divulgados.

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Lusa
17/12/2020 18:55 ‧ 17/12/2020 por Lusa

Economia

Insolvências

"Até ao final de novembro, as insolvências registaram um aumento de 2,2% face ao período homólogo de 2019, enquanto a criação de novas empresas caiu 24,6%", indicou, em comunicado, a Iberinform.

No total dos primeiros onze meses do ano, registaram-se 4.695 insolvências, mais 2,2% face ao período homólogo, um valor, no entanto, inferior aos números apurados em 2018 (5.398) e em 2017 (5.787).

Só em novembro, contabilizaram-se 506 empresas insolventes, menos sete do que no mesmo período de 2019.

Por distrito, Lisboa e Porto são os que apresentam o maior número de insolvências, com, respetivamente, 948 (mais 2%) e 1.206 (mais 8,5%).

Os maiores aumentos verificam-se nos distritos de Castelo Branco (32,1%), Vila Real (28,2%), Viana do Castelo (23,6%), Faro (22%), Madeira (20%), Évora (13,2%) e Bragança (12,1%).

No sentido inverso, os distritos que apresentaram decréscimos, face ao ano anterior, foram Coimbra (-28,8%), Guarda (-20,5%), Portalegre (-16,7%), Aveiro (-10,5%), Ponta Delgada (-8,3%), Viseu (-8,3%), Braga (-3%) e Santarém (-2,2%).

Por setor, os que registaram um maior crescimento do número de insolvências até novembro foi o das telecomunicações (33,3%), hotelaria e restauração (18,8%), eletricidade, gás e água (8,3%) e outros serviços (7,4%).

Construção e obras públicas, indústria transformadora e comércio a retalho apresentam, por seu turno, descidas respetivas de 2,9%, 2,5% e 0,9%.

Já as constituições retrocederam de 3.607 no ano passado para 2.841 este ano, ou seja, menos 21,2%.

De janeiro a novembro, as constituições baixaram 24,6%, face ao ano anterior, para 34.629 empresas.

Lisboa apresenta o maior número de constituições com 10.945 empresas, seguido pelo distrito do Porto com 6.156.

"No entanto, ambos os distritos, apresentam um decréscimo acentuado face a igual período de 2019: -29,6% em Lisboa e -26,2% no Porto", revelou.

Os restantes distritos, com exceção de Portalegre, apresentaram uma variação negativa em termos de constituições, destacando-se Setúbal (-31,5%), Ponta Delgada (-30,7%), Angra do Heroísmo (-28,2%), Faro (-26,1%), Madeira (-25%), Aveiro (-22%), Leiria (-20,6%) e Viana do Castelo (-20,4%).

Em termos de atividades, todas apresentaram variações negativas, face a 2019, com destaque para os transportes (-54,7%), hotelaria/restauração (-29%), eletricidade, gás, água (-27%), construções e obras públicas (-23,6%), outros serviços (-22,8%), comércio de veículos (-21,1%) e indústria extrativa (-20%).

 

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