"Até setembro tínhamos apurado oito milhões de euros, mas a situação piorou com a segunda vaga e com a ativação das escolas. Foi necessário acomodar subsídios e apoios extraordinários", disse Eduardo Vítor Rodrigues que falava aos jornalistas à margem da reunião de câmara que decorreu esta tarde.
Já durante a sessão, o autarca socialista, enquanto respondia a questões do vereador social-democrata Duarte Besteiro, apontou 15 milhões de euros como estimativa do impacto financeiro que Vila Nova de Gaia sentirá este ano com a pandemia do novo coronavírus.
"Apesar de tudo conseguimos suster o impacto e garantidamente fecharemos o ano com o prazo médio de pagamento mais baixo de sempre e com as contas no verde (...). Conseguimos acomodar o impacto da pandemia pelas boas contas e por opções que temos tomado", disse Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca enumerou várias preocupações, sublinhando as dificuldades das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPPS), bem como a necessidade de incrementar nos apoios ao arrendamento.
Eduardo Vítor Rodrigues também apontou que "em redução de taxas e isenções", medidas tomadas para apoio às empresas, a autarquia teve uma "forte queda de receita".
"Só com a Derrama são menos três milhões de euros", disse.
Já questionado à margem da reunião de câmara sobre se está de acordo com as medidas impostas para a Passagem de Ano, as quais sofreram alterações por decisão recente do Governo, Eduardo Vítor Rodrigues disse que essa é uma matéria "que nem merece discussão" porque "os números estabilizaram, mas não regrediram por aí além".
"Já me parece suficiente o potencial risco da maior abertura no Natal. O Governo não pode é perder de vista os impactos nas empresas, mas as medidas apertarem é normal e o que tem de ser. Não podemos todos perder de vista cenários que vemos lá fora e são preocupantes", disse o autarca.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.191 pessoas dos 376.220 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.