"Se hoje exigimos dos nossos bancos, dos nossos fornecedores de serviços, a capacidade e facilidade de relacionamento com recurso às tecnologias digitais, não podemos esperar menos da nossa administração e, nesse sentido, encorajamos que os planos de recuperação nacional possam ter componentes importantes com reforço das competências da administração pública nesta matéria", declarou Pedro Siza Vieira.
Intervindo por videoconferência na comissão de Indústria, Investigação e Energia do Parlamento Europeu sobre as prioridades da presidência portuguesa da UE, o ministro vincou que é preciso "assegurar que as administrações públicas na Europa estão à altura das exigências dos cidadãos e das empresas do século XXI".
"Estou convencido que a forma como formos capazes de usar os nossos planos nacionais para capacitar as nossas administrações públicas para as novas tecnologias digitais vai ser crítica", insistiu Pedro Siza Vieira.
Siza Vieira referia-se aos planos nacionais de recuperação e resiliência que os 27 devem submeter a Bruxelas para terem acesso às verbas do Fundo de Recuperação de 750 mil milhões ('Next Generation EU'), aprovado pelo Conselho Europeu em julho para fazer face à crise gerada pela covid-19.
"O mais importante nesta altura é sermos capazes, entre o Parlamento, o Conselho e a Comissão, de assegurarmos uma rápida concretização dos regulamentos necessários à execução imediata do 'Next Generation EU' e à rápida aprovação dos planos de recuperação e resiliência", frisou Pedro Siza Vieira.
Nesta audição no Parlamento Europeu, o governante assegurou que "a presidência portuguesa, nas várias composições do Conselho em que estará envolvida, vai-se empenhar porque essa é mesmo uma prioridade".
"Já no Conselho de fevereiro tentaremos fazer uma discussão [sobre] como é que os planos nacionais devem contribuir para os objetivos da nova estratégia industrial europeia", anunciou.