José Brito indicou que este valor está em linha com as recomendações do Banco Centro Europeu (BCE) em termos de dividendos da banca, correspondendo a um impacto de 20 pontos base, de acordo com a recomendação do BCE.
Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva do banco, Paulo Macedo, esclareceu que este dividendo só avança caso o BCE autorize.
"Há que devolver dinheiro aos contribuintes", disse, destacando que neste caso não é "a fundo perdido, como no Banif e BPN, mas como um investimento que os portugueses fizeram e com retorno". Caso isso aconteça, o valor será levado à assembleia-geral de maio e distribuído em junho, referiu.
Questionado sobre a possibilidade de pagar um dividendo adicional de forma a cumprir com a política de dividendos do banco, Paulo Macedo disse que a questão "coloca-se se a pandemia e a crise financeira trouxerem boas notícias" e desde que a Caixa "não seja afetada nos seus rácios de solvabilidade".
No dia 15 de dezembro de 2020, o BCE anunciou que os bancos da zona euro podem voltar a pagar dividendos, mas com sujeição a limites, de forma a proteger o seu capital.
A distribuição de dividendos não deverá exceder os 15% dos lucros acumulados de 2019 e 2020 ou 20 pontos base do rácio de capital CET1.
O BCE recomendou, no entanto, que os bancos "exerçam extrema prudência" nessa distribuição e considerem "não distribuírem nenhuns dividendos" até 30 de setembro de 2021.
A CGD registou lucros de 492 milhões de euros em 2020, menos 37% que os 776 milhões de euros registados em 2019, divulgou hoje o banco público.
[Notícia atualizada às 20:48]