"Sem ajudas do Estado, os empresários das cerca de 50.000 empresas, dizem que se encontram numa 'teia' de problemas e que se sentem 'enganados', pois mantiveram os trabalhadores para poderem receber os apoios, endividaram-se assumindo responsabilidades e percebem agora que sem apoios, essa função deveria competir ao Governo", notou, em comunicado, a PRO.VAR -- Promover e Inovar a Restauração Nacional.
Os trabalhadores dizem assim estar com "a corda na garganta", pressionados por trabalhadores e fornecedores, sem forma de pagar salários e despesas.
O setor reclama um reajuste no formato de candidaturas, pedindo ao executivo que adote um modelo SIMPLEX, inspirado no trabalho que o Turismo de Portugal tem feito nas linhas de financiamento de tesouraria para as micro e pequenas empresas.
A associação referiu ainda ser necessário planear uma reabertura em horário pleno, "evitando a versão 'ioiô'", que diz ser prejudicial para todos.
Para a PRO.VAR, no imediato, devem ser reabertas e reforçadas as dotações do programa Apoiar, sem percentagens mínimas de acesso e com novos tetos, majorando os apoios do ano passado para as empresas com perdas superiores a 40%, "estendendo também os apoios para os que possuem contratos de exploração".
Por outro lado, os restaurantes querem o prolongamento do regime de 'lay-off' simplificado, moratórias fiscais e financeiras até ao final do ano, bem como a redução do IVA no setor, na componente das comidas (taxa de 6% de IVA para a comida e de 23% para as bebidas) a partir de julho.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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