"Tivemos um prejuízo de mais de meio milhão de euros nos últimos dez meses", afirmou à agência Lusa o presidente da AAC, João Assunção.
As perdas centram-se sobretudo na falta de receitas pela não realização das festas académicas (cerca de 300 mil euros), mas também na "quebra abrupta de rendimento dos bares" da AAC, no não pagamento de rendas dos concessionários do edifício da associação e nos custos na compra de material de proteção, referiu o dirigente estudantil.
A AAC "tem uma grande dificuldade em termos financeiros, também pela falta de apoios vindos do Estado central", em que uma portaria veio alterar a forma de cálculo do apoio e "diminuiu drasticamente" a verba transferida por parte do Instituto Português do Desporto e Juventude, afetando todas as associações estudantis, realçou.
"O futuro dependerá muito do apoio do Estado, que não se devia alhear disto", defendeu João Assunção.
Apesar de todas as dificuldades preconizadas, o presidente da AAC vincou que "não está em cima da mesa cortes, atrasos [no pagamento] ou despedimento de funcionários".
"Essa não é uma via que queiramos adotar", asseverou.
João Assunção espera que já este ano seja possível realizar a Queima das Fitas, ainda que em moldes distintos de edições passadas e noutras datas, por forma a garantir algumas receitas fundamentais não apenas para a direção-geral da AAC, mas sobretudo para as secções culturais e desportivas e núcleos de estudantes da associação.
Segundo o presidente da AAC, as secções desportivas registaram uma perda de 500 atletas nos escalões de formação, as secções culturais perderam a capacidade de cativar novos associados e os núcleos de estudantes tiveram que cancelar grande parte dos seus eventos.
"De forma global, é uma casa debilitada, pelo aspeto financeiro, mas também pela falta de recursos humanos, pela falta de capacidade de realizar a sua atividade desportiva e cultural", concluiu.