Covid-19: Criação de empresas cai 56% no novo confinamento
A criação de empresas caiu 29% na primeira quinzena de janeiro e 56% na segunda, quando começou o novo confinamento devido à pandemia de covid-19, segundo o barómetro da consultora Informa D&B divulgado hoje.
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Economia Barómetro
De acordo com o barómetro, em janeiro nasceram em Portugal 3.141 novas empresas, menos 43% face a janeiro de 2020, havendo uma diferença entre a primeira e a segunda quinzena do mês, quando começou o confinamento, com restrições mais apertadas.
"Na primeira quinzena de janeiro a redução na criação de novas empresas foi de 29%, valor que caiu ainda mais para os 56% na segunda quinzena, um comportamento semelhante ao que se verificou no primeiro confinamento geral, em março e abril de 2020", realça a consultora.
Por outro lado, continua a Informa D&B, "os números da segunda quinzena de janeiro parecem também indicar que existe uma relativa adaptação do empreendedorismo à situação de pandemia, pois apesar da nova queda ela já não foi tão acentuada como a que se verificou no primeiro confinamento geral".
De acordo com o barómetro, a queda na criação de novas empresas em janeiro é transversal a todos os setores de atividade e regiões, mas é mais expressiva nos distritos do litoral, em especial em Lisboa, região que é responsável por quase metade da descida total.
Em janeiro, 187 empresas iniciaram um processo de insolvência, menos 30 casos (14%) que no período homólogo, mas estes números "têm-se revelado muito instáveis e podem não corresponder a uma leitura muito clara da situação de muitas empresas, devendo ser entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas e, por outro lado, ao facto de estes processos serem normalmente demorados e envolverem os tribunais, cuja atividade está também afetada por este novo confinamento", diz a consultora.
A Informa D&B afirma ainda que os últimos 12 meses mostram que a criação de empresas "anda a par das medidas restritivas, sendo mais afetada quanto mais severas são as medidas".
O indicador "caiu a pique" quando foi decretado o primeiro estado de emergência e o primeiro confinamento, com uma redução de 78% na criação de empresas na segunda quinzena de março, uma baixa que se manteve durante o mês de abril.
Em maio e junho, o alívio nas restrições gerou um aumento nas novas empresas e, no verão, o número andou perto dos valores registados em 2019.
Após um ligeiro recuo no outono com novas restrições, voltou a cair no início do ano, especialmente na segunda quinzena de janeiro, exatamente após a declaração do segundo confinamento e das restrições mais apertadas, indica a Informa D&B.
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