Estar preparado e ter esperança. Estas são as recomendações da Bloomberg para os países do sul da Europa, mais dependentes do turismo, um setor que foi já fortemente impactado pela pandemia da Covid-19.
Num artigo publicado no dia 12 de fevereiro é, aliás, feita uma referência a Portugal, porque o setor do turismo representa 17% da nossa economia.
Já há vacinas e as previsões apontam para que as coisas melhorem com o tempo, mas o aparecimento de novas estirpes pode ser um obstáculo.
Nas previsões económicas divulgadas na semana passada, a Comissão Europeia disse que espera que o verão de 2021 seja melhor para o turismo europeu do que 2020, mas não prevê uma recuperação total do setor para níveis pré-pandemia este ano.
"Pelo lado positivo, a forte procura reprimida, bem como as elevadas poupanças são suscetíveis de conduzir a uma estação de verão mais forte do que em 2020", estima o executivo comunitário, nas previsões macroeconómicas intercalares de inverno.
De acordo com dados apresentados pela instituição nas previsões, Portugal foi o sexto país da UE com maior queda no total de noites passadas nos alojamentos turísticos em 2020 face ao ano anterior, que ascendeu a -61% (total de 30 milhões) em termos totais e a -74% (total de 14 milhões) no caso de não residentes.
Pior que Portugal só Grécia, Malta, Irlanda, Espanha e Chipre.
Aliás, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, atribuiu a revisão em baixa da recuperação económica em Portugal este ano sobretudo à dependência do país relativamente ao turismo externo, fortemente afetado pela pandemia da Covid-19.
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