A estimativa divulgada hoje pelo Ministério dos Transportes aponta para um total de 97,7 milhões de viagens realizadas entre os dias 11 e 17 de fevereiro.
Este número representa também uma queda de 71,5%, em relação à semana do Ano Novo Chinês de 2019, uma diferença ainda maior, porque em 2020 o feriado coincidiu com os estágios iniciais da pandemia, quando as autoridades colocaram sob quarentena a cidade de Wuhan, onde os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados.
O ministério também destacou que, nos seis dias anteriores à época festiva, foram realizadas mais de 176 milhões de viagens por via rodoviária, o que representa uma subida de 97,3%, face ao período de férias de 2020.
Perante os surtos de covid-19 registados em janeiro, que colocaram o número de infeções no nível mais alto desde julho de 2020, o Governo chinês tomou medidas para reduzir as deslocações durante o Ano Novo Lunar, no que é habitualmente a maior migração humana do mundo.
Para milhões de trabalhadores chineses as férias do Ano Novo Lunar são a única oportunidade que têm para regressar às respetivas terras natais.
A imprensa oficial revelou hoje que as reservas de hotéis por hospedes nas suas cidades de residência aumentaram 660% e as visitas a atrações turísticas locais 300%.
Os cinemas arrecadaram cerca de 8.000 milhões de yuan (1.027 milhões de euros), um novo recorde para esta época festiva e um novo impulso para a recuperação de um dos setores mais afetados pela pandemia.
As vendas do setor retalhista aumentaram quase 29%, em relação ao ano anterior, e os serviços de entrega ao domicílio 260%.
O último contágio local pelo novo coronavírus foi detetado na província de Hebei, no norte do país, no dia 15 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.419.730 mortos no mundo, resultantes de mais de 109,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.649 pessoas dos 790.885 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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