Em comunicado, a organização referiu que "as necessidades de financiamento e as dívidas dos governos, que aumentaram dramaticamente em 2020 à medida que os défices orçamentais cresceram e as economias se contraíram devido à crise da covid-19, irão manter-se elevadas este ano".
A OCDE acrescentou que o crescimento nos gastos dos governos e a redução na recolha de receitas, devido ao contexto pandémico, levam a que as necessidades de financiamento dos Estados "tenham aumentado significativamente".
A organização contabiliza que os governos da OCDE tenham pedido 18 biliões de dólares (quase 15 biliões de euros) aos mercados no ano passado, o representa perto de 29% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em comparação com 2019, indicou a OCDE, este valor representa um crescimento de mais de 60% "em termos absolutos", aumentando ainda o seu peso no PIB em 12 pontos percentuais.
Ainda que a OCDE considere que para este ano a tendência de crescimento se mantém, deverá desacelerar. "No entanto, as projeções para 2021 estão sujeitas a um elevado grau de incerteza, tendo em conta a progressão da pandemia, as perspetivas da economia global e as mudanças nas respostas de política orçamental", lê-se na mesma nota.
"Paralelamente, as medidas para conter o vírus e lidar com a crise sanitária causaram grandes perturbações económicas de curto prazo" aos países da OCDE, indicou o organismo, ressalvando que, mais recentemente, a perspetiva de uma eventual saída da crise melhorou com a campanha de vacinação.
Por isso, a organização estima que as economias irão recuperar "gradualmente" este ano.