China adia retomada de voos pelo modelo da Boeing 737 Max

A China não vai seguir os Estados Unidos ao permitir que o modelo 737 Max, da fabricante de aviões Boeing, volte a voar, depois de dois acidentes fatais ocorridos há dois anos.

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Lusa
01/03/2021 14:31 ‧ 01/03/2021 por Lusa

Economia

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O país asiático foi o primeiro a interditar voos com o 737 Max, em 2019, depois de acidentes na Indonésia e na Etiópia, que resultaram em 346 mortos.

Os reguladores norte-americanos aprovaram a retoma dos voos comerciais, em novembro, depois de a Boeing ter realizado mudanças técnicas e aprovado um novo regime de treino para os pilotos.

"As principais preocupações de segurança" levantadas pelos reguladores chineses não foram totalmente resolvidas, disse Dong Zhiyi, vice-administrador da Administração de Aviação Civil da China, em conferência de imprensa.

As mudanças devem passar pela aprovação de aeronavegabilidade, os pilotos devem receber "treino de voo eficaz" e as conclusões das investigações sobre os dois acidentes devem ser claras, disse Dong.

"A revisão técnica ainda não entrou na fase de certificação e teste de voo", disse Dong.

Ele não avançou com um prazo para a conclusão do processo.

A China é, junto com os Estados Unidos e a Europa, um dos maiores mercados para a Boeing e o rival europeu Airbus. Isto torna a aprovação do 737 Max por Pequim importante para o sucesso comercial da empresa norte-americana.

Os investigadores culparam o 'software' que contrariava a tendência do avião de inclinar para cima por causa do tamanho e da localização dos motores.

Este 'software' inclinou o avião para baixo repetidamente, contrariando as tentativas dos pilotos para recuperar o controlo. Em cada caso, um único sensor defeituoso acionou a inclinação para baixo.

O novo 'software' não anula os controlos dos pilotos.

As companhias aéreas chinesas possuem cerca de 100 modelos 737 Max, de acordo com a imprensa local.

Leia Também: Regulador ordena inspeção aprofundada de motores de Boeing 777

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