O país asiático foi o primeiro a interditar voos com o 737 Max, em 2019, depois de acidentes na Indonésia e na Etiópia, que resultaram em 346 mortos.
Os reguladores norte-americanos aprovaram a retoma dos voos comerciais, em novembro, depois de a Boeing ter realizado mudanças técnicas e aprovado um novo regime de treino para os pilotos.
"As principais preocupações de segurança" levantadas pelos reguladores chineses não foram totalmente resolvidas, disse Dong Zhiyi, vice-administrador da Administração de Aviação Civil da China, em conferência de imprensa.
As mudanças devem passar pela aprovação de aeronavegabilidade, os pilotos devem receber "treino de voo eficaz" e as conclusões das investigações sobre os dois acidentes devem ser claras, disse Dong.
"A revisão técnica ainda não entrou na fase de certificação e teste de voo", disse Dong.
Ele não avançou com um prazo para a conclusão do processo.
A China é, junto com os Estados Unidos e a Europa, um dos maiores mercados para a Boeing e o rival europeu Airbus. Isto torna a aprovação do 737 Max por Pequim importante para o sucesso comercial da empresa norte-americana.
Os investigadores culparam o 'software' que contrariava a tendência do avião de inclinar para cima por causa do tamanho e da localização dos motores.
Este 'software' inclinou o avião para baixo repetidamente, contrariando as tentativas dos pilotos para recuperar o controlo. Em cada caso, um único sensor defeituoso acionou a inclinação para baixo.
O novo 'software' não anula os controlos dos pilotos.
As companhias aéreas chinesas possuem cerca de 100 modelos 737 Max, de acordo com a imprensa local.
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