"As autoridades de Moçambique pediram um programa e eu disse, em outubro, que íamos começar as discussões em breve", afirmou Selassie, em declarações à Lusa, quando questionado sobre o atraso na discussão de um programa de ajuda financeira para Moçambique, que o país tem dito ser necessário há meses.
Segundo o responsável, "o tempo para essas discussões foi adiado, principalmente devido ao pedido do Governo, não por falta de interesse, mas pela dificuldade em fazer o trabalho necessário a um programa durante este contexto de pandemia".
"Normalmente viajamos e debatemos, reunimos, e isso facilita o intenso diálogo que é necessário, o que em missões virtuais é muito difícil, mas da nossa parte continuamos prontos para apoiar o Governo assim que sentirem que estão prontos", concluiu Selassie.
As declarações de Selassie foram feitas no dia anterior à informação avançada pela agência de informação financeira Bloomberg, na quarta-feira, segundo as quais o Governo de Moçambique vai começar na próxima segunda-feira, dia 15, as discussões técnicas para concluir, até dia 26, os contornos de um Programa de Financiamento Ampliado.
A missão vai aferir os indicadores orçamentais e macroeconómicos, incluindo o enquadramento orçamental entre 2022 e 2024, para além de procurar mais informações sobre as reformas económicas em curso, acrescenta a Bloomberg, citando o Ministério das Finanças moçambicano.
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