"A CTP considera que o Plano de Recuperação e Resiliência apresentado pelo Governo menospreza a importância do turismo para a economia nacional e não reflete qualquer estratégia para a atividade", apontou, em comunicado, a confederação, que apresentou, em sede de consulta pública, um conjunto de propostas a integrar no plano.
Perante o impacto da pandemia no setor, a CTP quer uma "intervenção a curto e médio prazo" para assegurar a recuperação das empresas e do emprego, que deverá ser materializada num plano de recuperação do turismo a integrar no PRR e em articulação com outros instrumentos europeus.
Citado no mesmo documento, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, assegurou que o plano "é uma desilusão para o turismo", área que disse ter sido excluída das opções do Governo.
"Este é um cenário que não podemos aceitar", vincou.
Neste sentido, a confederação reivindicou a inclusão no PRR de uma componente de recuperação do turismo, uma agenda de investigação e inovação para a sustentabilidade do setor, uma componente de redução da pegada ecológica, assim como de uma agenda para a acessibilidade e intermodalidade sustentável e um programa de inovação e aprofundamento da transformação digital.
No imediato, a CTP exigiu o alargamento do regime de 'lay-off' simplificado a todas as empresas do turismo, o reforço da dotação do programa Apoiar e a extensão do Apoiar Rendas à vertente não habitacional e aos espaços de centros comerciais, o alargamento dos apoios à mitigação dos custos fixos, a criação de instrumentos para a prorrogação de moratórias e apoio às empresas exportadores de serviços turísticos.
Adicionalmente, a confederação quer o lançamento de uma campanha internacional de promoção para retomar "os níveis de segurança e confiança no destino Portugal" e a capitalização das empresas do turismo.
O PRR tem um período de execução até 2026 e prevê um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico.
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