O mercado imobiliário de Londres segue de mão dada com o de Nova Iorque. Quem o diz são os profissionais do setor imobiliário americano, ao jornal The Telegraph, que afirmam ter havido uma subida dos custos das habitações nos EUA, depois de se ter registado uma queda de 50% dos valores, durante o verão do ano passado, sendo que Londres segue os mesmos passos.
Ao The Telegraph, trabalhadores de entidades imobiliárias dos EUA observaram semelhanças no setor londrino, de acordo com o que se passou em Manhattan. Erin Boisson Aries, da agência imobiliária americana CIRE, referiu que de momento, em tempo de pandemia e com o sucesso da vacina contra a Covid-19, as vendas em Nova Iorque aumentaram e Londres segue a tendência.
Nos últimos três meses de 2020, ainda que Londres tenha beneficiado de apoios do governo, contrariamente a Nova Iorque, os apartamentos representaram 60% das vendas no centro da capital britânica, de acordo com dados revelados pelos agentes imobiliários da Britânica Hamptons International, noticiou o jornal no mês passado.
Ainda nos últimos três meses do ano passado, o preço médio por metro quadrado (m2) em Manhattan foi menos 5,1% do que no mesmo período de 2019, aponta a entidade imobiliária americana Douglas Elliman. Já no centro de Londres, os valores caíram 4,3%, revela Knight Frank, agência imobiliária londrina, ao The Telegraph. Ambas as cidades registaram assim uma queda dos valores dos imóveis, ainda que o mercado imobiliário de Nova Iorque tenha estado mais tempo fechado que o de Londres (de março a junho do ano passado).
O boom da recuperação
Os agentes imobiliários knight Frank, disseram que em Londres, "em meados de novembro, começámos a ver o mercado crescer a um ritmo considerável entre as vendas e arrendamento." Tal como foi visto em Nova Iorque, desde dezembro, depois de na primavera descido, contrariando assim o ritmo de assinaturas de cerca de 20 contratos acima de 4 milhões de dólares americanos, por semana, antes da pandemia, afirma outro profissional da CIRE, Zucker.
O mercado pós-coronavírus
Os profissionais do mercado imobiliário creem que poderá haver uma subida da venda dos imóveis, tanto nos EUA como em Londres, com o levantamento de algumas das restrições da pandemia atual, nomeadamente, a abertura das fronteiras. Erin Aries da CIRE prevê mesmo um aumento de cerca de 10% ou 20%, no mercado imobiliário de Londres e de Nova Iorque, com a suposta elevada procura de imóveis, depois das fronteiras abertas.
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