O ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta quarta-feira que o reforço dos apoios à economia serão divulgados "depois do Conselho de Ministros, presumivelmente na sexta-feira". Sobre o plano de desconfinamento, há margem para "se fazer alguma coisa", mas Siza Vieira não adiantou medidas em concreto.
Sobre o plano de desconfinamento, que será apresentado amanhã, Siza Vieira não se alongou: "De uma maneira geral, a perspetiva dos peritos é que há condições para se fazer alguma coisa antes da Páscoa. Fazer o que e a que ritmo é que é uma decisão que ainda não está tomada nem fechada", disse o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas no final da reunião com os parceiros sociais.
Siza Vieira adiantou também que haverá um reforço dos apoios à economia, mas remeteu mais detalhes para sexta-feira.
"Sentimos a necessidade de reforçar os apoios, seja ao emprego ou a outros custos que as empresas têm, e também medidas de carácter fiscal no sentido de alívio da tesouraria. Vamos reforçar e alargar os apoios que temos pensado ou que temos neste momento em vigor para a economia", disse o ministro da Economia.
O Governo apresentou, esta quarta-feira, aos parceiros sociais o plano de desconfinamento numa reunião da Concertação Social que contou com a presença da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, e do ministro da Economia. O encontro tinha como ponto único da agenda o plano de desconfinamento.
Este encontro acontece depois de os peritos em saúde pública terem apresentado, na reunião do Infarmed que decorreu na segunda-feira, um conjunto de critérios que permitem começar a definir um plano de desconfinamento.
Constatando que a "economia está fechada", mas que os "portugueses não estão a ficar em casa", a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) mostra-se favorável a um plano de desconfinamento faseado, com a abertura, na próxima semana, das creches, jardins infantis e ensino até ao sexto ano, cabeleireiros, livrarias e alfarrabistas.
António Saraiva defende "um plano de desconfinamento que permita a reabertura em segurança das diversas atividades e a estabilização das perspetivas para os cidadãos e os empresários".
As fases três e quatro deverão avançar a partir de, respetivamente, 05 de abril e 12 de abril.
Já a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) aponta o dia 17 de março como a data de início da reabertura das atividades económicas.
Para a CCP é "fundamental que o Governo, face à melhoria da situação pandémica, apresente rapidamente um plano de desconfinamento, ainda que faseado e sujeito a ajustes em função da evolução da pandemia", que permita dar às empresas uma perspetiva sobre a retoma das atividades.
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