Energias renováveis. Um setor em crescimento e atento à igualdade

O grupo Helexia promoveu um debate, no Dia da Mulher, sobre liderança no feminino e transição energética. Marta Jordão, Project Manager para a Eficiência Energética, indica que a pandemia trouxe maior preocupação com as alterações climáticas.

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© Reprodução Helexia

Anabela Sousa Dantas
11/03/2021 07:40 ‧ 11/03/2021 por Anabela Sousa Dantas

Economia

Helexia

Sendo um dos objetivos de desenvolvimento sustentável a igualdade de género, a multinacional Helexia promoveu, no passado dia 8 de março, o evento “Mulheres com Energia”, uma iniciativa no âmbito da qual sete mulheres debateram a liderança no feminino e os desafios da transição energética.

Marta Jordão, Project Manager para a Eficiência Energética da Helexia, indicou ao Notícias ao Minuto, que, se é verdade que “as mulheres sempre estiveram mais representadas noutras áreas que não as das Engenharias”, nos últimos anos o setor das energias renováveis “tem vindo a adquirir mais relevância” e a “beneficiar de uma maior representatividade das mulheres”.

Pode assistir ao evento, na íntegra, abaixo:

Segundo a multinacional, de acordo com dados da IRENA (International Renewable Energy Agency), hoje em dia, no setor das energias renováveis, 32% das pessoas empregadas são mulheres, em comparação com 22% no setor de energia em geral, algo que será resultado do crescimento recente do setor: segundo o Eurostat, o consumo final bruto de energia proveniente de fontes renováveis em Portugal atingiu 30,6% em 2019, quando em 2010 era de 24,1%.

Recorde-se que, no âmbito do Dia da Mulher, a ONU defendeu que a pandemia está a exacerbar as desigualdades de género, uma preocupação que é transversalmente partilhada. Não obstante, Marta Jordão indica que não sentiu esse impacto neste área.

A chegada da crise pandémica, afiança Marta Jordão, trouxe renovada atenção à questão climática. “Toda esta pandemia trouxe aqui série de questões, uma procura maior por serviços mais sustentáveis, produtos mais sustentáveis e, efetivamente, formas de estar na vida mais sustentáveis e procura de soluções ao nível de energia, para sermos mais sustentáveis na forma como operamos”.

Para a responsável, o novo coronavírus “fez parar a sociedade e pensar que temos de mudar, temos de ter outro tipo de comportamentos, fazer outro tipo de escolhas para estarmos preparados para as alterações climáticas”, que, sublinha, “já estão a acontecer”.

“Já não estamos a trabalhar no sentido de evitar as alterações climáticas, mas de tentar mitigar os riscos associados”, acrescentou Marta Jordão.

Leia Também: PRR prevê 186 milhões para atingir 120 MW de produção de gases renováveis

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