Groundforce e TAP chegam a acordo. Salários serão pagos até 2.ª feira
Em cima da mesa estará uma injeção de sete milhões de euros por parte da TAP na Groundforce com a compra de equipamentos desta empresa.
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Economia Groundforce
A Groundfore e a TAP chegaram, esta quinta-feira, a um entendimento que desbloqueia provisoriamente o impasse na empresa e permite pagar os salários aos 2.400 trabalhadores, informou fonte oficial da Pasogal.
"O acordo alcançado agrada à Groundforce, até porque é muito semelhante ao que a empresa propôs desde o início. A Groundforce está, naturalmente, satisfeita por ter sido possível encontrar uma solução que permita pagar os salários aos trabalhadores e pôr fim à angústia de 2.400 famílias", lê-se num comunicado enviado pela empresa de Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundforce.
Ao que indica a TVI24, em cima da mesa estará uma injeção de sete milhões de euros por parte da TAP na Groundforce com a compra de equipamentos desta empresa. Isto permitirá que os salários em atraso dos funcionários sejam pagos até segunda-feira.
Tratar-se-á de uma operação denominada por 'Leasing Back', ou seja, assim que tiver possibilidades para isso, a Groudforce recompra o equipamento à TAP e paga o empréstimo.
A Pasogal, acionista maioritária da empresa de 'handling' (assistência de aeroportos) disse ainda que "resolvida a urgência", "continuará a empenhar os seus melhores esforços, certamente com o apoio dos acionistas Pasogal e TAP, no sentido de resolver a questão de fundo".
Os trabalhadores da Groundforce ficaram a saber, no final de fevereiro, que devido ao impacto da pandemia, a empresa não tinha dinheiro para o pagamento de salários e iniciaram uma série de manifestações a pedir a intervenção do Governo.
Depois de vários dias de negociações entre a TAP, que detém 49,9% da SPdH (conhecida pelo seu nome comercial, Groundforce), e a Pasogal, acionista maioritário da empresa de 'handling' (assistência em aeroportos) com 50,1% do seu capital social, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, informou os representantes dos trabalhadores que as ações da Pasogal já se encontravam penhoradas, não podendo ser dadas como garantias para um adiantamento da TAP de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários de fevereiro, nem para um empréstimo bancário com aval do Estado de 30 milhões de euros das linhas Covid.
No domingo, a TAP propôs à Pasogal disponibilizar 6,97 milhões de euros, através de um aumento de capital e não de um adiantamento, proposta que a empresa de Alfredo Casimiro disse, na terça-feira, estar disponível para considerar.
Esta tarde são ouvidos no parlamento o presidente do Conselho de Administração da Groundforce e administrador da Pasogal, Alfredo Casimiro, o presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, bem como os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores (CT).
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