A criptodivisa da rede Ethereum atingiu durante a manhã os 2.779 dólares, segundo dados da Bloomberg.
Para o diretor da Onyze, Angel Luis Quesada, a subida do ether relaciona-se com factores como o crescimento do ecossistema das finanças descentralizadas (DEFI, na sigla em Inglês) e dos NFT (sigla de 'non-fungible token'), um ativo digital único que se pode comprar e vender na rede, mas que não se pode possuir de forma tangível.
Quesada acredita que as últimas declarações do multimilionário Mark Cuban, em que afirmou que o ether era "uma visão digital de uma moeda" e que a sua rede iria ombrear com a da bitcoin, contribuíram para aumentar o preço da segunda criptomoeda mais conhecida.
Pelo contrário, o bitcoin, a criptomoeda mais usada, estava a cotar, sem grandes variações, em torno dos 53.400 dólares, longe do máximo histórico de 64.869 dólares, registado em 14 de abril.
Na opinião de Quesada, o preço da bitcoin não aumentou tanto quanto o da ether porque "ultimamente não tem havido grandes notícias sobre esta criptomoeda".
Elon Musk, o bilionário dono da Tesla, anunciou em março que a fabricante de automóveis elétricos vai passar a aceitar pagamentos em bitcoin, tornando-se numa das primeiras grandes empresas a fazê-lo.
Musk, que já havia anunciado em fevereiro a conversão em bitcoin de reservas da Tesla no valor de 1.500 milhões de dólares, adiantou que os pagamentos futuramente recebidos em bitcoin serão retidos em formato digital e não convertidos em dólares.
A Tesla vai também associar-se à infraestrutura informática que serve de sistema de validação de transações de "bitcoin" a nível internacional, adiantou Musk.
Paralelamente, a Tesla lançou uma série de avisos em relação a estas transações em criptomoeda, cuja volatilidade tem sido elevada, nomeadamente que caso o cliente peça um reembolso, o valor devolvido pode ser "significativamente menor" do que o que pagou.
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