PPR dará "impulso significativo", mas ganhos só chegarão no longo prazo

A agência Moody's considerou hoje que o Plano de Recuperação e Resiliência (PPR) português é positivo para a notação do país, pois dará um "impulso significativo" ao investimento público, mas os ganhos serão visíveis apenas no longo prazo.

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© Reuters

Lusa
05/05/2021 12:40 ‧ 05/05/2021 por Lusa

Economia

Moody's

"O plano é positivo para a notação de crédito porque irá criar um impulso significativo ao fraco investimento público de Portugal e endereçar alguns dos desafios do país nas áreas de carência de capital humano, baixa inovação e ineficiências institucionais", afirma a agência de notação financeira numa nota divulgada hoje.

A agência sublinhou, no entanto, que a implementação de reformas "irá determinar os ganhos a longo prazo".

Portugal vai receber 16,6 mil milhões de euros (8% do Produto Interno Bruto - PIB) em financiamento no âmbito do programa Next Generation EU, refere a Moody's, lembrando que o Governo planeia captar apenas 20% dos empréstimos disponíveis, com opção de duplicar o valor em 2022 caso seja necessário, para aumentar o apoio financeiro às empresas para capitalização e inovação.

"Estes fundos vão dinamizar de forma significativa as perspetivas de crescimento de Portugal, depois de o país ter sofrido uma forte contração real do PIB de 7,6% em 2020", disse.

"Projetamos agora uma recuperação limitada este ano com crescimento de 4%, uma vez que a atividade económica no primeiro semestre continua constrangida pela pandemia, apesar da crescente disponibilidade de vacinas", refere o comentário da vice-presidente da Moddy's Investidor Service, Sarah Carlson.

Portugal entregou no mês passado o PRR à Comissão Europeia, através da plataforma informática oficial, tornando-se o primeiro Estado-membro da União Europeia a enviar a versão final.

O documento prevê projetos de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido.

O Governo diz ter ainda "em aberto" a possibilidade de recorrer a um valor adicional de 2.300 milhões de euros em empréstimos.

[Notícia atualizada às 13h07]

Leia Também: AO MINUTO: Vacinas inutilizadas cá; Casos de Covid em reunião do G7

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