Depois de um ano de incerteza, também ao nível do trabalho, um estudo revelou que perto de metade (48%) dos portugueses não tem medo de perder o seu emprego em 2021, uma perceção algo otimista da força trabalhadora nacional.
Ainda assim, 1 em cada 3 indivíduos sente um certo grau de preocupação quando se trata de poderem manter o seu emprego no próximo ano, em 2022. E aqui, as mulheres (33%) estão mais preocupadas do que os homens (27%), o que está de acordo com o facto de, no ano passado, terem já visto a sua situação de emprego mudar com mais frequência do que os homens.
Estes resultados foram esta semana apresentados no Randstad Employer Brand Research (REBR) 2021, o maior estudo independente de 'employer branding' realizado pela Kantar, que analisa anualmente as principais tendências do mercado de trabalho e dá a conhecer as empresas e sectores mais atrativos para trabalhar em 34 países, incluindo Portugal.
Com a introdução mais massificada do teletrabalho, durante os vários estados de emergência, apurou-se que apenas 2% dos colaboradores que podem trabalhar a partir de casa não estão autorizados a fazê-lo pelo seu empregador. De resto, cerca de 2 em cada 5 trabalhadores portugueses são atraídos pela possibilidade de trabalhar remotamente.
Quem mais está inclinado para o trabalho remoto são as mulheres, os trabalhadores mais qualificados e os grupos etários mais velhos (55 anos ou mais).
Sobre a influência da pandemia na adoção do trabalho remoto, cerca de metade (52%) afirma que passou a trabalhar em casa.
Por outro lado, a forma como as organizações têm apoiado os seus funcionários e lidaram com a pandemia teve um impacto positivo na lealdade entre os trabalhadores portugueses. Pelo menos 60% dos trabalhadores sente agora que são mais leais em oposição a 5% que se sentem o contrário.
Leia Também: Governo admite "margem" para soluções no parlamento sobre teletrabalho