Na nota, o grupo indicou que a Fitch "subiu hoje as notações de rating de longo prazo da EDP -- Energias de Portugal, S.A. e da EDP Finance B.V. para 'BBB' com outlook 'estável'".
De acordo com a empresa, "esta subida do 'rating' reflete uma melhoria das métricas de crédito da empresa e a visão positiva da Fitch em relação ao plano de negócios da EDP para o período 2021-2025".
A elétrica realça que este plano "equilibra uma aceleração do crescimento em atividades e geografias de baixo risco com a proteção das métricas de crédito da empresa, bem como as expectativas de uma melhoria do perfil de negócios da EDP consistente com a transição energética".
Esta terça-feira, a Moody's também melhorou a perspetiva da EDP de estável para positiva e manteve os ratings de Baa3 para a dívida sénior e de médio prazo, de Ba2 para a dívida júnior, e de Prime-3 para o papel comercial.
Em comunicado, a agência de notação financeira disse que fez as mesmas decisões em relação à subsidiária EDP Finance B.V.
A Moody's justificou as suas decisões com a recente redução do endividamento da EDP e a sua expectativa de a estratégia da elétrica poder reforçar a métrica do crédito.
A empresa de rating estimou que a estratégia anunciada pela EDP em fevereiro último lhe deve permitir "melhorar o perfil financeiro", ao mesmo tempo que "investe 24 mil milhões de euros de 2021 a 2025, 80% dos quais em renováveis".
Além de várias medidas "amigáveis dos credores" tomadas para financiar o seu programa de investimentos, a Moody's também viu com bons olhos que a administração da EDP se tenha "comprometido a tomar decisões para reforçar o seu balanço, se necessário, para manter um endividamento sustentável".
Consideradas nas decisões foram também as expectativas - positivas - de que o rating de Baa3 vai continuar a ser suportado pela diversificação de negócios e geográfica do grupo, incluindo uma forte presença na América do Norte, por um fluxo de rendimentos estáveis de geração contratada e redes reguladas, pela baixa intensidade carbónica e pela estratégia de abandonar o carvão até 2025 e pela estratégia de rodar ativos para aliviar necessidades de financiamento.
Já do lado de potenciais problemas, a Moody's apontou, entre outros, a volatilidade das receitas da produção hídrica na Península Ibérica e eólica em termos globais, os riscos de execução associados a um programa de investimentos significativo, a exposição que permanece a Portugal e ao Brasil, os dividendos relativamente elevados que paga e as posições minoritárias no grupo.
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