Montenegro destaca "investimento" no primeiro debate quinzenal do ano

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, salientou ainda que o Orçamento do Estado aprovado "não aumenta um único imposto em muitos anos". 

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Notícias ao Minuto com Lusa
15/01/2025 16:07 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Debate quinzenal

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, destacou na sua intervenção inicial no debate quinzenal, o primeiro de 2025, a palavra "investimento", afirmando ainda que Portugal "ocupa um lugar de referência a nível internacional a nível político, financeiro", elementos que "dão confiança a investidores"

 

"Salvar o Estado Social, garantir mais oportunidades, melhores salários e pensões, reduzir a carga fiscal (...) tudo isto só é possível se formos capazes de criar mais riqueza, fomentar uma economia dinâmica, um Estado eficiente, que possam ser a base de um ciclo de crescimento sólido e duradouro", começou por afirmar o primeiro-ministro na Assembleia da República.

Para Luís Montenegro, a "chave que abre um ciclo com estas características" é o "investimento", desde "investimento público, privado e empresarial, direto estrangeiro". E foi mais longe, dizendo que à conjugação "destas três dimensões de investimento" junta-se a "capacidade de inovação, qualificação" dos recursos humanos - e, assim, garante-se "um ambiente económico positivo que possa colocar Portugal como um centro de atração ao investimento".

Montenegro ressalvou ainda que a palavra de ordem da política do Governo é "executar", sendo "necessário recuperar de anos de adiamentos e cativações rígidas que deixaram na gaveta muitas das intenções de investimento e muitos dos planos que se programaram".

"Mais do que mostrar grandes figuras e grandes 'powerpoints', é executar no terreno", atirou Luís Montenegro.

"É com esse espírito que já ultrapassamos a suspensão de pagamentos no âmbito do PRR, removemos uma parte da burocracia excessiva que o programa continha, que tomamos medidas de reforço de transparência, da capacidade de fiscalização", afirmou, acrescentando que Portugal "foi o segundo país da União Europeia a apresentar a submissão do sexto pedido". 

O primeiro-ministro frisou que "estamos sensivelmente com 40% das metas e dos marcos do PRR atingidos e cerca de 51% do valor global do programa em pagamento".

Uma administração pública mais ágil, menos burocrática, mais disposto a facilitar os problemas das pessoas

Sobre o investimento privado e empresarial, Montenegro destacou o "desagravar os impostos sobre rendimentos do trabalho e das empresas", juntando-se ainda "políticas de maior incentivo (...) e valorização dos salários dos trabalhadores" com o objetivo de "aumentar a produtividade, competitividade, fomentar as exportações e sermos capazes de travar o êxodo dos nossos recursos humanos". 

Referiu ainda um outro aspeto que "colabora para o sucesso" da estratégia do Governo, salientando "uma administração pública mais ágil, menos burocrática, mais disposto a facilitar os problemas das pessoas"

"É, de resto, com este plano de maior investimento público, privado e empresarial, de criação de condições atrativas para o investimento que queremos aumentar a captação de investimentos financeiros direto estrangeiro", disse.

Luís Montenegro destacou ainda que "com satisfação que Portugal ocupa um lugar de referência a nível internacional a nível político, financeiro (...) segurança, tudo elementos e fatores que dão confiança a investidores".

Já na parte final da sua intervenção, o primeiro-ministro instou a "Assembleia da República e os partidos políticos a serem agentes ativos da valorização e promoção da capacidade" de Portugal e do "ecossistema económico" para que "todos" possam ser "um elemento ativo da promoção das condições económicas favoráveis" que o país "oferece". 

"Servir melhor os contribuintes e servir melhor as empresas"

O primeiro-ministro afirmou que o Governo quer abrir "um novo tempo" na comunicação entre contribuintes, empresas e administração pública, referindo-se ao pacote de simplificação fiscal que será aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros, assegurando que o objetivo é "servir melhor os contribuintes e servir melhor as empresas".

"Vamos abrir um novo tempo na comunicação entre os contribuintes, as empresas e a administração, vamos reduzir os custos de contexto, vamos aumentar a transparência e vamos melhorar os serviços prestados, neste caso concreto, pela Administração Tributária", disse.

"Favorecemos o investimento público e promovemos e incentivamos o investimento privado e estrangeiro", assume Montenegro que afirmou ser "o objetivo para este ano". 

O primeiro-ministro salientou ainda que o Orçamento do Estado aprovado "não aumenta um único imposto em muitos anos"

[Notícia atualizada às 16h18]

Leia Também: Montenegro tem hoje primeiro debate quinzenal do ano no Parlamento

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