Num novo relatório de investigação hoje divulgado, a Moody's refere que as atualizações de classificação serão provavelmente mais equilibradas entre 'upgrades' (subidas) e 'downgrades' (descidas) este ano do que em 2020, com os 'upgrades' a serem responsáveis por uma maior percentagem de todas as alterações deste ano.
"Por conseguinte, é provável que a taxa líquida de 'downgrades' desça ainda mais", refere a Moody's.
"Se as condições económicas e de crédito evoluírem como esperado, isto será consistente com o posicionamento das notações existentes da Moody's, em vez de desencadear atualizações generalizadas, dada a natureza prospetiva das notações", explica a agência de 'rating'.
A Moody's refere que espera que, simultaneamente, as recuperações em algumas métricas de crédito atrasem a recuperação económica.
"A recuperação económica global continua a tomar forma, refletindo tanto a adaptação dos consumidores como das empresas ao distanciamento social e outras medidas de saúde pública, medidas significativas de apoio dos Governos e outros decisores políticos, e o lançamento contínuo de vacinas", adianta.
No entanto, a Moody's continua a esperar que "a recuperação seja lenta e acidentada em geral, e que seja heterogénea entre países e setores, à medida que a pandemia se prolonga", e sublinha que "a recuperação levou a uma viragem no ciclo de crédito, com a taxa de incumprimento especulativo global de 12 meses a atingir um pico de 6,8% em dezembro de 2020, e desde então a cair para 5,6% em abril".
"Esperamos que a taxa de incumprimento diminua ainda mais nos próximos 12 meses, com as condições económicas, financeiras e de crédito a continuarem a estabilizar", afirma a Moody's, precisando que a empresa tomou "um número significativo de alterações em baixa de notações durante 2020 para refletir o impacto creditício da pandemia".
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