O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, reiterou, esta terça-feira, que as regras orçamentais devem regressar em 2023 com uma reforma, afirmando que é por não serem adequadas que as regras foram suspensas durante o período de resposta à pandemia.
"O Parlamento quer uma reforma, temos dito desde o princípio, os instrumentos anteriores não são os adequados para enfrentarmos esta situação. Tanto é que foram suspensos. (...) Se foram suspensos é porque consideramos que não são úteis", disse Sassoli, em conferência de imprensa.
O regresso dessas regras, em 2023, sem mudanças, "na minha opinião, seria um erro", afirmou o presidente do Parlamento Europeu.
Esta não é a primeira vez que Sassoli defende uma reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Na rede social Twitter, o responsável tinha já dito que é necessário "reformar" estas regras.
We must reform the Stability and Growth Pact. The new European-style policy initiated by US President Biden invites us to have no taboos.
— David Sassoli (@EP_President) May 7, 2021
We do not want to go backwards.
We will leave no one behind.
Full speech → https://t.co/E9SrtuaAmV #EUSocialSummit2021 pic.twitter.com/cScsL96Wp6
O vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis disse, em entrevista à Lusa, no início do mês, que "sem surpresa" as regras de disciplina orçamental de Bruxelas para os países deverão manter-se suspensas em 2022, dados os efeitos da pandemia na economia.
Em março, a Comissão Europeia adotou uma comunicação sobre a resposta da política orçamental à crise da Covid-19, abrindo a porta à manutenção da chamada 'cláusula de escape' do Pacto de Estabilidade e Crescimento também no próximo ano, reservando uma decisão definitiva para maio.
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