Até abril, as Administrações Públicas (AP) registaram um défice de 4.845 milhões de euros em contabilidade pública, traduzindo um agravamento de 3.148 milhões de euros face ao período homólogo, de acordo com os dados da execução orçamental.
Em comunicado, o Ministério das Finanças diz que este comportamento é "explicado pelo impacto do confinamento e da resposta à pandemia, incluindo as medidas extraordinárias de apoio direcionadas a famílias e empresas".
Deste modo, a "deterioração do défice resulta do efeito combinado da contração da receita (-6,3%) e do aumento da despesa primária (+6,0%)".
Até abril, a despesa com medidas extraordinárias de apoio às empresas e famílias atingiu os 2.761 milhões de euros, o que representa uma aceleração de 703 milhões de euros face ao mês anterior.
"Os apoios a cargo da Segurança Social (1.071 milhões) mantêm um forte crescimento. Destacam-se os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (226 milhões), os subsídios por doença e isolamento profilático (115 milhões) e os apoios ao emprego (652 milhões), tendo a execução até abril ultrapassado o valor orçamentado para 2021 (776 milhões)", refere o gabinete de João Leão, no comunicado que antecede a execução orçamental da DGO.
A receita fiscal e contributiva recuou 6,5%. "A generalidade dos impostos evidencia quebras, sendo de destacara forte redução do IVA(-12,4%) em termos comparáveis (ajustada do efeito dos planos prestacionais)", pode ler-se.
A despesa primária cresceu 6,0%, "para o qual contribuiu o forte crescimento da despesa da Segurança Social (+15,5%, +1.345 milhões de euros)".
A despesa do SNS cresceu 5,7%, "destacando-se o aumento muito elevado das despesas com pessoal (10,3%), em resultado sobretudo do reforço expressivo do número de profissionais de saúde em 6,6% (+8.968 trabalhadores face a abril de 2020)", refere a tutela.
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