"O acordo de princípio alcançado hoje é o primeiro para esses três países europeus, que incluirá secções dedicadas ao comércio digital e aos pequenos negócios", disse o Governo britânico, num comunicado.
A secretária do Comércio britânico, Liz Truss, acredita que este acordo provocará "um acentuado desenvolvimento" no comércio entre os países envolvidos.
O pacto vai "impulsionar setores importantes, como o digital, reduzir tarifas sobre alimentos e produtos agrícolas britânicos de alta qualidade e apoiar empregos em todo o país", explicou o Departamento de Comércio do Reino Unido.
O Governo britânico esclareceu que as empresas britânicas poderão exportar para esses países sem "preencher nenhum formulário em papel" e que todos os documentos necessários podem ser preenchidos e transmitidos eletronicamente.
O acordo - a maior parte do qual abrange o comércio com a Noruega - prevê uma redução de até 27% dos direitos aduaneiros para os exportadores para a Noruega em certos queijos cheddar e também inclui cortes nas taxas de suínos, aves, alguns peixes e crustáceos, devendo "ajudar a preservar 18.000 empregos" na piscicultura.
"O Governo negociou um amplo e ambicioso acordo de livre comércio com o Reino Unido. O acordo significa que as empresas voltadas para a exportação continuarão a ter acesso ao maior mercado de exportação da Noruega fora da União Europeia", comentou a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, durante a apresentação do pacto comercial, em Oslo.
"Mesmo que um acordo de livre comércio não seja tão satisfatório quanto o acordo do Espaço Económico Europeu" - ou seja, a área que compreende a União Europeia, além da Islândia, Noruega e Liechtenstein - "é o maior acordo de livre comércio que já concluímos", concluiu Solberg.
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