"Decidimos avançar com esta jornada nacional de ação e luta, que se prolongará durante mais de três semanas, porque constatámos que os trabalhadores estão muito descontentes e mobilizados para lutar por melhores condições de vida e de trabalho", disse à agência Lusa a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
A sindicalista estimou que participem na jornada de luta "milhares de trabalhadores, de centenas de empresas e locais de trabalho, de todos os setores e zonas do país".
Esta jornada de ação e luta foi decidida pela Comissão Executiva da Intersindical na sequência das posições assumidas pelas suas estruturas nas reuniões do Conselho Nacional e do Plenário de Sindicatos, que se realizaram em maio.
"Nas duas reuniões foi salientada a fortíssima dinâmica reivindicativa que está a acontecer em muitos setores de atividade, com os trabalhadores dispostos a mostrar a sua indignação pela falta de resposta às suas reivindicações", disse Isabel Camarinha.
Entre 21 de junho e 15 de julho "deverão ocorrer principalmente greves, plenários e concentrações junto às empresas", cujo calendário está a ser ultimado.
A Jornada de Ação e Luta tem como lema 'Pelo Aumento Geral dos Salários; Pelo Emprego com Direitos; Pela Revogação das normas gravosas da legislação laboral'.
O desbloqueio da contratação coletiva, a regulação e redução dos horários de trabalho e melhores carreiras, são outras das reivindicações.
"Não colocamos nada de novo, em termos de reivindicações, mas colocamos a ação nas empresas e locais de trabalho porque os trabalhadores estão indignados por verem os seus salários serem engolidos pelo salário mínimo, devido a anos consecutivos sem aumentos, por não terem qualquer valorização das carreiras", explicou a líder da Inter.
Segundo a sindicalista, a CGTP "pretende puxar por isto, porque a política que fomenta o modelo de baixos salários e precariedade, que agrava as condições de vida dos trabalhadores e põe em causa o desenvolvimento do país, tem de acabar".
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