O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, disse, na quarta-feira, no Parlamento, que "não há vacina contra as alterações climáticas" e, por isso, é necessário o esforço de todos para que os objetivos sejam cumpridos.
"Não podemos continuar a achar que os objetivos podem ser atingidos sem qualquer esforço do setor privado, do setor público, dos municípios ou dos cidadãos", afirmou Matos Fernandes, durante o debate sobre política setorial na Assembleia da República, sublinhando que "tem de haver ambiente para lá da área governativa do ambiente".
Matos Fernandes realçou os "desafios fundamentais relacionados com a poluição e recursos" que Portugal terá de atravessar, pelo que será necessário tomar opções como a penalização do desperdício material, a proibição da deposição de biorresíduos e recicláveis em aterro e a instituição da sua recolha e valorização dedicada.
O ministro garantiu também que a aposta do Governo nas energias renováveis não é feita à custa dos consumidores, que vão poupar dinheiro quando as centrais solares estiverem em funcionamento.
Matos Fernandes explicou que se as centrais do leilão solar de 2019 estivessem em exploração os consumidores teriam poupado, desde o início do ano, cerca de 35 milhões de euros, que seriam 45 milhões se fosse tido em conta o segundo leilão (para energia solar).
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