"Achamos que é preciso começar a trabalhar em conjunto a nível das agências [de comércio e investimento] esta noção de mercado CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e para isso precisamos de um fórum" instituído, disse à Lusa Luís Castro Henriques, no final da apresentação do novo plano estratégico da AICEP.
A criação deste fórum é "importante" porque atualmente a AICEP tem trabalhado "individualmente sempre com cada agência congénere" da CPLP.
"E o que nós vimos e começámos a partilhar com os nossos colegas, de facto tem sido generalizada a aceitação dos colegas desde o Brasil, Angola ou outros, é que é importante que tenhamos um momento no ano, pelo menos, em que discutamos em conjunto esta perspetiva de mercado CPLP", prosseguiu o presidente da AICEP.
Isto porque "há valências para ganhar força" até na exportação, por exemplo, de alguns PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] para a Europa, acrescentou.
"Há valências em combinar esforços para exportar determinadas coisas para o Brasil, há valências em combinar esforços para entrar na América Latina entre nós e alguns países PALOP", entre outros, considerou.
Luís Castro Henriques disse "existir uma adesão enorme" a esta ideia da criação de um fórum da CPLP e que "hoje em dia é uma proposta perfeitamente consensual no âmbito das outras agências".
Agora, a proposta tem de ser deliberada em sede da CPLP para ser formalizada e instituídos os regulamentos, entre outros procedimentos.
Questionado para quando o fórum das agências de investimento e comércio da CPLP, o presidente da AICEP disse esperar que se consiga "implementar" entre este ano e meados de 2022, já que exige a "coordenação de uma data de países".
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