Fórum para a Competitividade crê que PIB cresceu entre 14% e 18%

O Fórum para a Competitividade estima que o crescimento económico no segundo trimestre tenha ficado entre os 14% e os 18% face a 2020, apontando para um aumento entre 4% e 8% face ao primeiro trimestre, foi hoje divulgado.

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Lusa
01/07/2021 16:38 ‧ 01/07/2021 por Lusa

Economia

PIB

 

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"O Fórum para a Competitividade estima que tenha havido um crescimento em cadeia entre 4% e 8%, a que corresponde um crescimento homólogo entre 14% e 18%", pode ler-se na nota de conjuntura relativa a junho que foi hoje conhecida.

De acordo com o documento do fórum presidido por Pedro Ferraz da Costa, "no conjunto do trimestre, terá havido um crescimento da atividade superior a 20%, embora seja provável que as perdas sofridas pelo setor do turismo não estejam integralmente incorporadas nestes valores".

"Neste trimestre, houve também alguma ambivalência em algumas atividades, como a indústria, a construção e a venda de veículos", refere a estrutura, baseando-se no indicador diário de atividade do Banco de Portugal.

Para o conjunto do ano, o Fórum para a Competitividade continua a manter as estimativas para o crescimento económico entre 1% e 3%, devido às "más notícias" trazidas pelo mês de junho, devido às quebras no turismo.

"Após as boas notícias dos últimos meses, o mês de junho trouxe duas más notícias, que poderão prolongar-se por tempo indeterminado: o recuo da abertura do Reino Unido a viagens para Portugal, o agravamento dos novos casos da pandemia, que conduziram a um retrocesso no desconfinamento", pode ler-se na nota de conjuntura hoje divulgada, relativa a junho.

O Fórum considera que as "notícias são negativas para o setor do turismo e atividades conexas" sendo o caso das viagens relacionado com os não residentes e o agravamento da pandemia "em relação aos consumidores internos".

"O 3.º trimestre, que é crítico para esta atividade, apresenta-se assim envolto em grande incerteza, havendo baixa probabilidade de poder assemelhar-se ao verificado no ano passado", antevê a estrutura presidida por Pedro Ferraz da Costa.

O Fórum para a Competitividade aponta ainda a duas "condicionantes", que elenca como sendo "o atraso nos fundos da 'bazuca' europeia, para além do que se verifica nos fundos do Portugal 2020" e ainda a "incógnita das falências e desemprego adiados, que se poderá manifestar no final das moratórias e apoios públicos".

"Ainda que o 2.º trimestre se tenha iniciado com grande optimismo, não acabou da melhor forma, o que nos leva a manter as nossas estimativas para o conjunto de 2021, que se situam, atualmente, entre 1% e 3%", justifica o Fórum para a Competitividade.

À entrada para a Cimeira da Recuperação de quarta-feira, que encerrou a presidência portuguesa da União Europeia o ministro das Finanças, João Leão, apontou para um crescimento da economia portuguesa superior a 4% para este ano, acima do previsto no Programa de Estabilidade (precisamente 4%), e não especificou se mantém a expectativa de poder chegar aos 5%, como antecipou, em entrevista à Lusa, em maio.

Também em maio, a Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal, apontando para 3,9% quando em fevereiro esperava 4,1%.

Em termos trimestrais, Bruxelas aponta para uma recuperação do PIB português do segundo ao quarto trimestre, quer em cadeia (3,2%, 3,9%, e 1,0% respetivamente), quer face aos mesmos trimestres do ano passado (13,5%, 4,0% e 4,9%, respetivamente).

Em termos anuais, as previsões da Comissão Europeia estão exatamente alinhadas com as do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando uma décima abaixo dos 4,0% esperados pelo Governo, abaixo dos 4,8% previstos pelo Banco de Portugal (BdP), e acima dos 3,3% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 3,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Leia Também: Estudo: Portugal deverá crescer acima da média da zona euro em 2022

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