Frente Comum exige respostas sobre revisão do sistema de avaliação
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública criticou hoje a "ausência de respostas" do Governo sobre a revisão do sistema de avaliação de desempenho e avisou que, se o executivo continuar assim, a estrutura avança para a luta.
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Economia Frente Comum
O líder da Frente Comum, Sebastião Santana, disse à Lusa que hoje foi ao Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa, exigir uma data para as negociações com o Governo sobre o Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP), mas saiu "sem repostas".
"Fomos recebidos pela chefe de gabinete do secretário de Estado e continuamos sem resposta", afirmou o dirigente da Frente Comum, estrutura que lançou um cartaz, em jeito de caricatura, onde avalia o desempenho do Governo e atribui a classificação de "inadequado" ao executivo.
A Frente Comum considera "inadmissível" que o Governo não tenha ainda apresentado uma proposta sobre o SIADAP nem dado resposta à proposta de aumentos salariais de 90 euros para este ano, pelo que a estrutura sindical avançará "com um processo de luta se não houver resposta do Governo" até à discussão do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
"Tendo em conta o calendário político que se avizinha, com a discussão do Orçamento do Estado, se até lá não houver respostas com certeza que vamos ter de desenvolver luta dos trabalhadores e estamos a trabalhar nisso", frisou Sebastião Santana.
A revisão do SIADAP e os aumentos salariais foram dois dos principais motivos da greve nacional da função pública realizada no dia 20 de maio.
A última reunião entre o Governo e os sindicatos foi em 10 de maio e terminou sem que o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública tivesse avançado com uma proposta sobre o SIADAP.
Em entrevista à Lusa publicada em 20 de junho, a ministra Alexandra Leitão disse que a revisão do SIADAP, a par da tabela remuneratória, está a ser trabalhada com o Ministério das Finanças.
Apesar de referir que "ainda não há uma solução concreta", a ministra reafirmou que o objetivo é acelerar as progressões na carreira, sublinhando que, "se a solução for a de encurtar os saltos, os acréscimos salariais também terão que ser adaptados".
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