Itália com economia "mais resiliente do que esperado" cresce 5% em 2021

A atividade económica "mais resiliente do que esperado" de Itália levou hoje a Comissão Europeia a rever em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) italiano para 5% em 2021, prevendo um ligeiro recuo em 2022.

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Lusa
07/07/2021 10:44 ‧ 07/07/2021 por Lusa

Economia

UE/Previsões

 

Nas previsões intercalares de verão, hoje divulgadas, o executivo comunitário prevê uma subida do PIB de Itália de 5% este ano e de 4,2% em 2022, quando anteriormente, nas projeções da primavera, estimava um crescimento de 4,2% em 2021 e de 4,4% no ano seguinte.

"A atividade económica [de Itália] mostrou-se mais resiliente do que o esperado e aumentou ligeiramente no primeiro trimestre deste ano, apesar de medidas rigorosas de contenção" relacionadas com a pandemia de covid-19, assinala Bruxelas.

De acordo com a instituição, "os dados de desempenho do setor transformador e os inquéritos às empresas e aos consumidores sugerem que o crescimento real do PIB ganhou novo ímpeto no segundo trimestre e deverá reforçar-se acentuadamente no segundo semestre do ano".

A Comissão Europeia destaca mesmo que "a previsão para 2021 é significativamente mais elevada do que na primavera" no que toca a Itália, o que se deve à "considerável revisão em alta do PIB no primeiro trimestre e à resposta mais forte do que o esperado da atividade económica devido ao abrandamento das restrições às empresas e à mobilidade".

Itália mantém assim uma tendência semelhante à do conjunto da zona euro e da União Europeia (UE) para este ano, dada a melhoria das estimativas para este ano, mas difere no que toca a 2022, crescendo menos do que esperado nas projeções da primavera, divulgadas em maio passado.

As previsões de verão surgem numa altura em que a pandemia da covid-19 ainda está presente e avança no espaço comunitário, mas em que os primeiros fundos do pacote de recuperação estão prestes a chegar aos Estados-membros da UE.

Certo é que, apesar de a Europa estar a tentar recuperar alguma 'normalidade' aliviando restrições face à progressão da campanha de vacinação, a estirpe Delta do SARS CoV-2 suscita inquietações, já em plena época turística.

Ao mesmo tempo, os países estão prestes a receber os primeiros desembolsos do fundo de recuperação acordado há cerca de um ano pelos líderes europeus para superar a crise provocada pela pandemia, relativos ao Mecanismo de Recuperação e Resiliência de 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018).

"A melhoria da situação sanitária, que permitiu aliviar significativamente as restrições até junho, lança as bases para uma expansão sólida e sustentada durante o período de previsão", aponta a instituição no capítulo referente a Itália.

Além disso, "o investimento público e privado, apoiado pela diminuição da incerteza das empresas sobre as suas perspetivas de procura e pela implementação do Plano de Recuperação e Resiliência, deverá continuar a ser o principal motor de crescimento" da economia italiana, observa Bruxelas.

No que toca à inflação, outro indicador considerado nestas previsões, a Comissão Europeia fala numa subida de 1,4% deste indicador em Itália em 2021 e de 1,2% em 2022, impulsionado nomeadamente pelo "aumento dos preços do petróleo" este ano.

 

Leia Também: Bruxelas revê em alta crescimento da economia alemã

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