Nuno Artur Silva respondia a uma questão do PSD durante a comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, no âmbito de uma audição regimental.
Na sua intervenção, o deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira salientou que a "RTP tem um conjunto de circunstâncias" que preocupam, destacando a "polémica criada a propósito dos terrenos em Miramar e a venda", o valor e todo o processo, recordando que foi pedida uma auditoria cujo prazo de realização era de um ano que está agora a terminar.
Nesse sentido, o deputado do PSD questionou sobre a conclusão do relatório.
"Em relação aos terrenos em concreto, não há ainda nenhuma conclusão que nos tenha chegado da auditoria", disse Nuno Artur Silva, em resposta.
"Mas de qualquer maneira relembro que em relação a esse terreno, em concreto, tivemos aqui uma intervenção do presidente da Câmara que, entre outras coisas, esclareceu" que os terrenos "não só não valorizaram como terão desvalorizado por causa exatamente de ser uma área onde não é possível construir".
Na questão da "alienação desses terrenos em concreto, aquilo que se dizia é exatamente o contrário", rematou.
Há cerca de um ano, a comissão parlamentara de Cultura e Comunicação tinha deliberado, por unanimidade, requerer à ministra da tutela a realização de uma auditoria ao processo de alienação dos terrenos do antigo posto emissor da RDP em Miramar, Vila Nova de Gaia, bem como à avaliação realizada para a RTP por entidade externa.
Relativamente à situação da empresa, "não temos nenhum sinal do lado da RTP de instabilidade", referiu o secretário de Estado.
"Todos os dados que temos sobre a RTP revelam que está a funcionar em absoluto estado de normalidade, a RTP funciona normalmente", concluiu Nuno Artur Silva.
"Dizer que na RTP está tudo pacífico, os funcionários da RTP devem estar a rebolar-se de rir lá, basta abrir os jornais para perceber que não está nada pacífico", retorquiu Paulo Rios de Oliveira.
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