De acordo com o relatório eleitoral, estavam inscritos 97 eleitores, representantes de mais de três dezenas de organizações sindicais que integram a FESAP, e votaram 71 sindicalistas, o que corresponde a 73,2% do total de inscritos.
Dos votos expressos, 70 foram favoráveis à lista A, para o Secretariado Nacional e para a Mesa da Assembleia Geral, o que corresponde a 98,59%, e apenas houve um voto contra (1,41%) para ambos os órgãos.
Para o Conselho Fiscalizador de Contas e Disciplinar foram registados dois votos contra.
Não se registaram votos brancos, mas não votaram 26 eleitores (26%).
Após a eleição, José Abraão reafirmou que a FESAP pretende negociar com o Governo o regime de teletrabalho e o aumento dos salários, entre outras matérias.
"Temos que continuar a ter uma relação de proximidade com os trabalhadores", considerou o sindicalista, defendendo que "só com a mobilização de todos será possível modernizar a Administração Pública".
O encerramento da assembleia-geral eleitoral ficou a cargo do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, que salientou os despedimentos em curso na banca e a falta de diálogo social, criticando o Governo pelo não cumprimento do acordo tripartido de 2018.
Lembrou a ação de protesto que a UGT promove na quinta-feira, com a entrega de uma carta aberta ao primeiro-ministro "a denunciar os atropelos e abusos, num momento em que o Governo devia proibir os despedimentos".
Segundo Carlos Silva, o Governo podia impedir os despedimentos, limitando o acesso a fundos europeus às empresas que reduzissem postos de trabalho.
"A UGT sempre foi forte à mesa do diálogo, mas também será forte na rua", advertiu.
Depois de encerradas as urnas e divulgados os resultados eleitorais, o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, João Proença, antigo líder do SINTAP e da UGT, fez uma intervenção sobre a eleição dos representantes dos beneficiários naquele órgão, eleição essa que deverá ter lugar no último trimestre de 2021.
João Proença salientou a importância da ADSE e defendeu que os beneficiários, que sustentam 91% da ADSE, deveriam ter maior representatividade nos seus órgãos.
A Lista A era a única candidata ao ato eleitoral, com José Abraão, do Sindicato do Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), a liderar a lista para o Secretariado Nacional, Artur Lima Silva, do Sindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN), a presidir a lista para a Mesa da Assembleia Geral, e António Sota Martins, do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e Vale do Tejo (SDPGL), indicado para Presidente do Conselho de Fiscalização de Contas e Disciplina.
Os novos dirigentes vão estar em funções até 2025.
A assembleia-geral eleitoral da FESAP decorreu no auditório da UGT, em regime misto, presencial e por videoconferência, mas a votação realizou-se exclusivamente através de voto eletrónico.
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