Além disso, "em cerca de um terço das empresas o volume de negócios recua mais de 20% face ao ano anterior", indicou a organização, realçando que "este dado contrasta com a evolução em 2019, um ano em que mais de metade das empresas registou aumentos no volume de negócios".
A Informa D&B analisou os resultados de todas as empresas que já publicaram as contas relativas a 2020, com dados até 28 de julho e que "já permitem perceber os reflexos reais nas contas das empresas de um ano marcado pela pandemia de covid-19, nomeadamente a forma como ela afetou de maneira muito distinta os diversos setores de atividade, que em muitos casos conduziu a grandes condicionamentos na atividade das empresas, ou mesmo à total interrupção, como forma de combater a própria pandemia".
Ainda assim, diz a consultora, "um terço das empresas apresentou crescimento no volume de negócios e um quinto viu este indicador crescer mais de 20% em 2020".
O estudo da Informa D&B concluiu que "os setores mais expostos aos efeitos das restrições na circulação e atividade das empresas tiveram uma maior percentagem de empresas com uma descida significativa do volume de negócios", sendo que "todos os setores apresentaram mais empresas com quebras no volume de negócios do que o verificado em 2019".
Assim, "três quartos das empresas do alojamento e restauração registaram perdas no volume de negócios" e "mais de metade das empresas também tiveram quedas nos setores dos transportes, dos serviços gerais, grossistas, retalho e indústrias".
Por outro lado, "em todos os setores de atividade há empresas que viram crescer o seu negócio em 2020", sendo que "alguns setores tiveram mais de 40% de empresas a registar crescimento, como a construção, tecnologias da informação e comunicação e a agricultura e outros recursos naturais".
No estudo, a Informa D&B descobriu ainda que, no ano passado, o "alojamento e restauração e o setor dos transportes têm mais de um quarto das empresas com quedas de faturação acima dos 50%".
Por outro lado, "os subsetores que mais viram as suas empresas crescer foram o retalho generalista, algumas atividades do setor da construção e das TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação], fruto da crescente procura de soluções informáticas de telecomunicações neste período".
Apesar das quedas de faturação, houve menos empresas com quebras no volume de negócios do que na crise anterior, concluiu a consultora.
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