As declarações são recentes e mostram bem a visão que o Papa Francisco tinha do mundo. Na sexta-feira, à margem da Via Sacra, no Coliseu de Roma, criticou "a economia que mata" nas meditações que escreveu para serem lidas naquele dia.
Nas 14 estações em que se descreve a Paixão de Cristo, o Papa fez reflexões como a que propõe abraçar "a economia de Deus, que não mata, não descarta, não esmaga. É humilde, fiel à terra".
"No entanto, construímos um mundo que funciona assim: um mundo de cálculos e algoritmos, de lógica fria e interesses implacáveis", criticou o Papa nas meditações da Via Sacra.
Em cada estação, o Papa escreveu uma oração e rezou "para desafiar uma economia que mata" ou "por aqueles que, nas fronteiras, sentem que a sua viagem terminou".
O Papa Francisco morreu, na manhã de segunda-feira, aos 88 anos, após ter sofrido um AVC que conduziu ao coma e a uma paragem cardíaca irreversível, na residência na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano.
O Vaticano entrou no período de 'Sede Vacante', liderado pelo cardeal camerlengo Kevin Farrel, até que seja eleito um novo Papa no conclave, que será realizado dentro de um mês.
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