Wall Street recupera da semana passada e fecha em alta

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, liderada pelo setor tecnológico, que levou inclusive o seu índice Nasdaq a fechar em nível recorde, e o S&P500 a ficar mesmo abaixo do seu máximo histórico.

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Lusa
23/08/2021 23:07 ‧ 23/08/2021 por Lusa

Economia

Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Nasdaq valorizou 1,55%, para os 14.942,65 pontos, o que superou o nível inédito que tinha fixado em 05 de agosto.

Já o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,61%, para as 35.335,71 unidades, e o alargado S&P500 avançou 0,85%, para os 4.479,53 pontos, ficando a escassa distância do seu máximo.

O setor da tecnologia liderou a subida bolsista. A Google (Alphabet) atingiu também um valor nunca alcançado em fecho de sessão, depois de acabar a progredir 1,02%.

Os investidores aproveitaram assim os bons negócios criados na semana passada, depois de as cotações terem descido pelo avanço da variante delta do novo coronavirus e pelas minutas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed), que foram interpretadas como aviso do fim da redução do apoio à economia mais cedo do que admitido.

No conjunto da semana anterior, o Dow Jones perdeu 1,11%, o Nasdaq recuou 0,73% e o S&P500 baixou 0,59%.

No mercado obrigacionista, os rendimentos dos títulos do Tesouro a 10 anos permaneceram hoje estáveis, em 1,25%, com os investidores a começarem a focar-se na conferência dos banqueiros centrais, que vai realizar-se quinta e sexta-feira, em Jackson Hole, no Estado do Wyoming.

"Vamos ter o discurso de Jerome Powell (o presidente da Fed) na sexta-feira, durante o simpósio chave de Jackson Hole sobre a política monetária, (e) os investidores continuam a interrogar-se sobre o calendário, a dimensão e a amplitude da diminuição das compras mensais de ativos pelo banco central", indicaram os analistas da Schwab.

Em todo o caso, vários analistas, como Patrick O'Hare, de Briefing.com, não estão certos de que em Jackson Hole possa haver "ação", mas, em todo ocaso, salientam, "é Jerome Powell quem tem a chave".

Na semana passada, os investidores tinham sido abalados pela publicação das minutas da última reunião da Fed sobre política monetária, nas quais se discutiu uma redução do apoio à economia antes do final deste ano, um pouco mais cedo do que previsto.

No plano macroeconómico, os índices de atividade do gabinete Markit saíram abaixo das previsões, em 61,2% para o setor industrial e 55,2% para os serviços. Mas o mercado imobiliário comportou-se bem no mês passado, com uma subida de 2%, acima do esperado, das vendas de habitações em segunda mão.

Sobre as ações do dia, a da Pfizer subiu 2,42%, depois de a sua vacina contra o novo coronavirus, desenvolvida com a sociedade alemã BioNtech (que avançou 9,58%), ter sido aprovada pela agência reguladora do medicamento dos EUA (FDA, na sila em Inglês).

A autorização total da FDA permite a algumas autoridades obrigar à vacinação, sem receio de processos judiciais.

Leia Também: Wall Street segue no 'verde' a prolongar os ganhos de sexta-feira

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