Reabertura da economia com efeito positivo na melhoria do défice
A Direção-Geral do Orçamento revelou, esta quarta-feira, a síntese da execução orçamental de julho.
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Economia Execução Orçamental
O défice até julho das Administrações Públicas ascendeu a 6.840 milhões de euros, em contabilidade pública, o que representa uma melhoria de 1.631 milhões face ao período homólogo, revela, esta quarta-feira, a síntese de execução orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
"O desagravamento do défice resulta do acréscimo de 8% da receita, explicado por três efeitos: por um lado, em resultado da retoma da atividade económica derivada do desconfinamento, por outro, ao efeito base associado ao 2º trimestre de 2020 e ainda aos efeitos temporários derivados do diferimento do pagamento de impostos", refere o comunicado do gabinete do ministro de Estado e das Finanças enviado às redações.
A despesa primária, dá ainda conta o Ministério de João Leão, cresceu 5,4%, "refletindo as medidas extraordinárias de apoio à economia".
De salientar ainda que a despesa com medidas extraordinárias de apoio às empresas e famílias atingiu os 4.212 milhões de euros, ultrapassando o valor executado em todo o ano 2020 (3.546 milhões de euros).
A nota destaca ainda que os apoios a empresas a fundo perdido para suportar custos com trabalhadores e custos fixos atingiram os 2.087 milhões de euros, um valor superior em 678 milhões de euros face à execução de todo o ano de 2020 (1.409 milhões de euros).
A receita fiscal, por sua vez, cresceu 6,4% "ajustada de efeitos extraordinários, tais como os diferimentos originados pelos planos prestacionais. Espera-se uma desaceleração da receita até ao final do ano, em resultado da regularização destes efeitos extraordinários", estima o Ministério das Finanças.
Quanto à despesa primária, esta cresceu 5,4%, "incorporando o forte crescimento da despesa da Segurança Social. Excluindo as medidas específicas no âmbito da Covid-19, destacam-se os acréscimos na despesa da Segurança Social com prestações sociais excluindo pensões (9,9%), em particular com as prestações de desemprego (+18,8%) e a Prestação Social para a Inclusão (+42,1%)".
Até junho, recorde-se, o défice das contas públicas tinha ascendido a 7.060 milhões de euros, agravando-se em 150 milhões de euros face ao período homólogo, refletindo o impacto das medidas de mitigação da pandemia de covid-19, segundo indicou em julho o Ministério das Finanças no comunicado que habitualmente antecede a divulgação dos dados da execução orçamental.
Segundo a DGO, a pandemia da Covid-19 custou ao Estado 4.188,8 milhões de euros até junho, 384,1 milhões de euros dos quais por redução da receita e 3.804,7 milhões de euros pelo aumento da despesa total.
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