Setembro é, para muitos, o mês em que terminam as moratórias bancárias, uma das medidas que foi implementada para mitigar os efeitos da pandemia. Contudo, a Associação Portuguesa de Bancos (ABP) diz que não há motivos para uma "ansiedade social" em torno deste prazo.
"Dos números que são públicos - quer quanto aos montantes envolvidos, quer quanto ao andamento da economia e das condições sociais (v.g., desemprego) -, das medidas anunciadas pelo Governo e do que têm sido as referências públicas de responsáveis bancários, não parece existir fundamento para uma ansiedade social generalizada à volta do fim das moratórias", disse a APB, em declarações à TSF.
Até porque, garante a APB, os bancos estão a avaliar as situações caso a caso, adequando a resposta para cada família ou situação em particular.
"Os bancos, dentro do quadro legal e regulatório aplicável, têm vindo a acompanhar a situação particular de cada cliente e continuarão a seguir as boas práticas aplicáveis a este tipo de processo, a fim de promover soluções que permitam, sempre que possível, superar eventuais dificuldades no retomar do cumprimento pontual dos contratos", adiantou ainda a APB.
Os dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP), na terça-feira, indicam que, no final de julho de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 36,8 mil milhões de euros, menos 0,7 mil milhões do que em junho.
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