China vai criar terceira bolsa de valores para servir empresas privadas

A China vai estabelecer a sua terceira bolsa de valores no continente, em Pequim, para servir empresas privadas, revelou hoje o Presidente Xi Jinping, manifestando apoio oficial aos empresários numa economia dominada pelo Estado.

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© Reuters

Lusa
02/09/2021 21:53 ‧ 02/09/2021 por Lusa

Economia

China

 

O anúncio surge num momento em que as empresas chinesas atravessam dificuldades cada vez maiores para conseguir financiamento em Wall Street e noutros mercados ocidentais, onde algumas das suas maiores empresas estão cotadas.

"A China vai estabelecer a bolsa de valores de Pequim e criar uma posição principal virada para a inovação para pequenas e médias empresas", realçou Xi Jinping, durante uma feira de comércio, citado pela agência AP.

O chefe de Estado chinês não adiantou detalhes sobre o futuro mercado financeiro em Pequim ou quando este irá abrir.

A primeira bolsa de valores criada na China continente após a revolução comunista de 1949 foi a de Xangai, em 1990, com forte presença de empresas estatais.

Uma segunda bolsa foi criada em 1991 na cidade de Shenzhen, no sul da China, e adjacente a Hong Kong.

Gradualmente foram sendo integradas algumas empresas privadas, mas o domínio continua a ser de empresas estatais.

Para se financiarem, privados como o gigante do comércio eletrónico Alibaba Group recorreram às bolsas ocidentais e a Hong Kong, ex-colónia britânica integrada na China em 1997. 

Os líderes da China têm prometido, repetidamente, melhorar o acesso ao financiamento para empresários que gerem novos empregos e riqueza.

O Governo lançou medidas de segurança de dados, entre outras, contra as empresas chinesas tecnológicas desde o final do ano passado, alertando que será mais difícil obter permissão para ingressar em bolsas de valores estrangeiras.

A situação alimentou desconforto dos investidores, e que já causou quebras de centenas de milhares de milhões de dólares no valor das cotadas chinesas.

Leia Também: China ordena que plataformas de transporte partilhado corrijam práticas

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