"As novas tarifas fixadas estão próximas dos valores de 2019, em vigor no período que antecedeu a crise pandémica", lê-se numa informação da Agência Reguladora Multisetorial da Economia (ARME).
Os ajustes nas tarifas de venda de energia elétrica aos consumidores finais, das empresas Electra e AEB (ilha da Boa Vista), "devem vigorar a partir de 01 de outubro de 2021, em decorrência da evolução dos preços dos combustíveis durante o período de 01 de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021", bem como face aos "devidos ajustes decorrentes dos exercícios de indexação anteriores", justifica a ARME.
As tarifas de eletricidade da Electra vão sofrer um ajuste de 6,43 escudos (quase seis cêntimos de euro) por cada kWh (quilowatt-hora) faturado e em todos os escalões, "correspondendo um aumento da tarifa média ponderado pelas quantidades faturadas de 2020 de 30,53%".
Traduz-se na prática em aumentos que vão de 25,51% no segundo escalão da baixa tensão normal, até 37,73% para o escalão único de média tensão, enquanto a tarifa para a iluminação pública aumenta 35,04%.
Já as tarifas sociais da baixa tensão fornecida pela Electra vão aumentar de 25,51 a 35,04% a partir de 01 de outubro.
As tarifas da AEB (Águas e Energia da Boa Vista), segundo o cálculo da ARME, sofrem um ajuste de 5,80 escudos (cinco cêntimos) para cada kWh faturado, em todos os escalões, "correspondendo um aumento da tarifa média ponderado pelas quantidades faturadas de 2020 de 24,55%".
"Estes aumentos refletem não só o agravamento dos custos suportados pelas empresas de eletricidade com os combustíveis, como também os parâmetros de base acordados para os anos 2020 e 2021", conclui a ARME.
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