Wall Street fecha dividida entre receio com pandemia e otimismo
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em ordem dispersa, depois de um dia em baixa, com os investidores divididos entre o receio com a variante delta do novo coronavírus e os bons indicadores económicos.
© REUTERS/Carlo Allegri
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,18%, para os 34.751,32 pontos, e o alargado S&P500 recuou 0,15%, para as 4.473,75 unidades, enquanto o tecnológico Nasdaq, pelo contrário, avançou 0,13%, para as 15.181,92 pontos.
"Foi uma sessão interessante", comentou, de forma irónica, Art Hogan, da National Securities Corporation, o desenrolar do dia bolsista, em que os índices foram agravando perdas, apesar de um indicador favorável sobre consumo nos EUA, antes de recuperarem o essencial do terreno perdido, pouco antes do fecho.
"Terminámos o dia nem no mais alto nem no mais baixo: isto indica que estamos perante uma espécie de braço de ferro", prosseguiu.
"Devemos acreditar na inquietação que nos assalta, por causa do arrefecimento económico causado pelo novo coronavírus, ou devemos acreditar das estatísticas que, nos últimos dois dias, indicam uma melhoria da atividade económica, que pode traduzir-se em melhores lucros das empresas no segundo semestre?", questionou-se Hogan.
Esta trajetória em terreno negativo dos principais índices continuou durante a maior parte da sessão, apesar de as vendas do comércio retalhista nos EUA em agosto terem sido superiores às expectativas. Com efeito, verificou-se um aumento de 0,7%, quando os analistas previam uma contração.
Outro indicador positivo foi o da atividade industrial na região de Filadélfia, que acelerou em setembro, também para surpresa dos analistas. O índice ganhou 11 pontos, para 30,7, quando as previsões indicavam uma manutenção do nível anterior.
Por outro lado, a subida verificada nas inscrições semanais no desemprego ficou a dever-se ao registo das inscrições não efetuadas no final de agosto, por causa do furacão Ida, que tinha atingido o Estado de Luisiana.
A volatilidade do mercado explica-se também pela proximidade de uma sessão designada como a das "quatro bruxas", quando terminam vários contratos no mercado de futuros e opções, o que leva a reposicionamentos dos investidores, provocando movimentos nada habituais.
"Não é raro ver uma atividade atípica durante uma semana marcada pela expiração das opções", recordou Art Hogan.
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