O presidente da CP - Comboios de Portugal, Nuno Freitas, pediu para abandonar o cargo por considerar que já cumpriu os objetivos a que se propôs há dois anos, altura em que assumiu o cargo. A notícia, sublinhe-se, foi avançada pelo Público e o Notícias ao Minuto está a tentar confirmar junto da empresa.
"Desde o início, foi [...] assumido por mim, e aceite pela tutela, que o meu compromisso nesta missão contemplava apenas um mandato e, concluído o trabalho a que me propus, solicitei a antecipação do fim desse mandato em três meses", lê-se numa mensagem dirigida aos funcionários da CP, a que agência Lusa teve acesso.
"Depois de expor pessoalmente a minha vontade e razões ao senhor ministro, obtive o seu acordo para antecipação da minha saída", acrescenta o ainda presidente.
Apesar da saída antecipada de Nuno Freitas, com efeitos a 1 de outubro, o Conselho de Administração "mantém-se em funções", precisa, sendo a liderança da empresa assegurada pelo vice-presidente, Pedro Moreira, "até nova nomeação por parte do Governo".
Em declarações ao Público, Nuno Freitas queixa-se da burocracia na gestão pública que dificulta o trabalho e trava a sua eficiência e eficácia.
O mandato terminava daqui a três meses, mas a saída vai acontecer já no final desta semana.
O Governo nomeou, em meados de 2019, Nuno Freitas como novo presidente da CP, num Conselho de Administração alargado a cinco elementos, sucedendo a Carlos Nogueira, cujo mandado terminava no final de 2019.
Nuno Freitas é licenciado em Engenharia Eletrónica pela Universidade de Aveiro, com MBA em Gestão de Empresas pela EGE -- Universidade Católica do Porto e ESADE Business School Barcelona e exerceu funções na Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).
[Notícia atualizada às 11h13]
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